Conhecido antigo da Polícia e foragido da Justiça, Francisco Clerton do Carmo - o “Diabo Loiro” - aumentou sua lista de crimes na noite de sábado, 24. Com a ajuda de um comparsa, ele matou dois jovens em frente ao Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cuca) do Jangurussu.
Era por volta das 20 horas quando a dupla atacou os jovens num anfiteatro que, segundo a Prefeitura de Fortaleza, não integra o Cuca (apesar de fazer parte do projeto original do equipamento e ter sido construído com a verba do Centro).
Um dos jovens mortos tinha cerca de 20 anos e recebeu até nove tiros de pistola 380. O outro tinha 15 anos e foi atingido por apenas um. Até o fechamento da matéria, as vítimas haviam sido identificadas pela Perícia apenas pelos apelidos Korin e Cachorrão.
Os autores do duplo homicídio fugiram logo após o ataque. “Diabo Loiro” e Alexandro Nascimento Andrade estavam de moto e trocaram tiros com PMs do Ronda do Quarteirão. Feridos, foram levados a hospitais (ver matéria ao lado). O caso está registrado no 30º Distrito Policial, bem próximo ao Cuca, e na Divisão de Homicídios.
Titular da Coordenadoria de Políticas de Juventude da Prefeitura, Élcio Batista diz que a área onde ocorreram os assassinatos não pertencem ao Cuca por estarem fora da cerca instituída erroneamente pela gestão anterior para delimitar do perímetro do Centro.
De acordo com Élcio, o fato de o anfiteatro, a pista de skate e a quadra para esportes na areia estarem fora do gradil impede o Instituto Cuca de manter a área sob qualquer aspecto, inclusive no tocante à segurança. Mesmo que, pelo projeto inicial, esses três espaços terem sido previstos como pertencentes ao Centro.
De acordo com o secretário, é como se os homicídios tivessem sido cometidos numa praça pública. A prevenção e repressão, portanto, seriam atribuições da Secretaria Estadual da Segurança. E não do Cuca.
Batista nega que as vítimas estivessem num evento oficial do Centro, que utiliza o anfiteatro para promover algumas atividades. “Era pra ter sido inaugurado do jeito que tava na maquete. Mas a gestão anterior mudou o projeto original e encurtou a cerca. Quando vi, fiquei preocupado. Porque já tinham me relatado casos de violência. Mas, por conta da cerca, burocraticamente eu não posso colocar segurança privada. Sem a cerca, eu não tenho o controle de quem entra.
E, como as pessoas têm a cultura de usar o espaço a qualquer hora, eu não posso impor a cerca. Isso significaria restringir o acesso às 22 horas, quando o Cuca fecha. Pedagogicamente, é mais interessante ter espaços livres. Entretanto, o Jangurussu é muito violento. E, no momento que se vive ali, é preciso dialogar se não seria mais apropriado controlar o acesso.”
Saiba mais
O POVO tentou falar com o presidente do PT de Fortaleza, Elmano de Freitas, para ele comentar a fala de Élcio Batista sobre a modificação do projeto original do Cuca. Mas Elmano não atendeu às ligações.
“Diabo Loiro” já foi preso por outros crimes e chegou a ser resgatado do 30º DP numa operação de comparsas.
Quando receber alta, a dupla homicida vai ou para o Presídio Hospitalar ou para uma unidade comum do sistema prisional. O destino vai depender do estado de saúde..
Uma sessão de cinema consta na agenda do Cuca às 19 horas, um horário próximo ao do crime. Contudo, o local não é citado (se dentro ou fora da área com segurança privada).
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Página Cotidiano