A batalha contra a obesidade é travada todos os dias. “Só quem passa por isso é que sabe o tamanho do preconceito”. A fala é de quem amarga um confronto que parece não ter fim. Foi uma criança “fofinha”, diz o homem que pediu para não ser identificado. “Mas nada muito exagerado. Minha família é do Interior e lá o gordinho é o valorizado”. Uma depressão iniciada aos 18 anos o fez começar a comer compulsivamente. Hoje, aos 50, três anos após se submeter a uma cirurgia de redução de estômago, tenta fugir dos 174 quilos que carrega, no 1,74m que tem, para não precisar refazer o procedimento.
“Tive crise de pânico com a separação dos meus pais e desenvolvi uma proteção: não comia e emagreci muito aos 18 anos”, conta. Depois desse processo, passou para os antidepressivos e começou a ganhar peso anos depois. Chegou a pesar 250 quilos aos 35 anos, como resultado da compulsão alimentar. E leva também a batalha para conseguir vencer a doença da depressão e da crise do pânico.
Os problemas de saúde vieram a reboque. “Nunca tive altas taxas de glicídio. Em compensação, meus joelhos sofrem muito e precisei fazer cirurgia. Também tenho hipertensão e preciso me cuidar, mas é muito difícil”, descreve.
Ele chegou a participar de reuniões no Hospital Geral Doutor César Cals, destinadas a pessoas que passaram pela cirurgia bariátrica. Os encontros têm a missão de fazer vencer a obesidade. Querem também promover a autoaceitação. Abandonou os encontros pouco tempo depois. “É mais forte do que eu”, emociona-se.
“Eu como muito e de tudo”, conta. O homem chora ao descrever o transtorno que carrega como muito semelhante ao uso de drogas. “Você sabe que precisa sair delas, mas simplesmente não consegue. É mais forte do que você”, define. (Angélica Feitosa)
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