Tão logo seja efetivado, o governo Michel Temer abre a agenda de ação para convencer, com dois pontos sublinhados: Congresso e sociedade. Assunto: reformas.
O PRESIDENTE da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado palaciano, sugere campanha de “comunicação pesada” via rádio, tevê, jornais, revistas e redes sociais, além de debates em auditórios públicos e privados.
Michel precisa esclarecer temas imediatos, a partir da reforma da Previdência. Especialistas proclamam: “É urgente”. Dizem mais: se não for feita agora, vai afetar futuras gerações.
É altamente polêmico o assunto. Há muito ‘lobby’ contra, e o governo tem de se preparar para a guerra da comunicação com o povo, além de fortalecer o relacionamento com a base parlamentar. Deputados e senadores são os julgadores das propostas e há “divergências múltiplas” entre os aliados do herdeiro constitucional do ‘trono’ da República.
MAIA RETOMA a palavra:
“Não está no radar ceder menos ou mais nas negociações de propostas, como ocorre na interinidade. Temer é um homem que veio do Congresso e defende o harmônico convívio entre os poderes republicanos. Sua experiência e habilidade são instrumentos importantíssimos para avançar nas mudanças, porque são necessárias para a tranquilidade dos cidadãos e para o bem do país.”
PÓS-ESCRITO: Michel passou 24 anos na Câmara. A disciplina no exercício do mandato parlamentar levou-o a presidir a Casa em vários períodos e, às vezes, em difíceis momentos.
AMPLIA-SE O CERCO
Em Curitiba, encontro nada agradável.
Rodrigo Janot quer Henrique Alves investigado pelo estado-maior da Operação Lava-Jato, porque o peemedebista perdeu foro especial. A solicitação do procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal surpreendeu o ex-ministro do Turismo (nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer).
TAMBÉM ex-presidente da Câmara dos Deputados, Alves, denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, será inquerido pelo
juiz Sergio Moro.
FECHADO O COFRE
Estado-maior do grupo Itaú determinou e seus executivos gostaram. Proibiu doação financeira nesta campanha (prefeito e vereador).
A DETERMINAÇÃO atinge o presidente Roberto Setúbal e cônjuges dos dirigentes.
CASO DE POLÍCIA
Além da coleção de trapalhadas na sua volúvel vida pública, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) inicia carreira de insubmisso ético. O vice-presidente da Câmara – portanto, ele, uma das caricaturas da Casa, assume o comando da mesa diretora na ausência do titular – exige do Palácio do Planalto a nomeação de apaniguado para diretor da Caixa Econômica Federal.
INSINUA REPRESÁLIA, caso não seja atendido.
PROJETO NOVO BRASIL
Henrique Meirelles considera-se corretor adequado para apresentar, no exterior, o projeto do Novo Brasil.
A primeira tentativa será, meado de setembro, nos Estados Unidos, durante a Assembleia-Geral da ONU.
Depois, números anotados e argumentos convincentes, conforme sua assessoria técnica, o ministro da Fazenda visita Frankfurt (Alemanha),
Londres e Paris.
EM NOVA York, terá a companhia de Michel Temer, orador na sessão de abertura – governante brasileiro é quem fala no ato, rege a tradição na ONU.
Nas outras três cidades, Meirelles e sua habilidade.
FALHA NA LIDERANÇA
Movimentam-se grão-duques do PT para antecipar a mudança no comando da sigla. O sucessor do presidente Rui Falcão possivelmente será eleito no primeiro quadrimestre
do próximo ano.
TAMANHA a vontade da reformulação que o processo eleitoral poderá ocorrer antes do carnaval – fim de fevereiro.
TROCA DO CENÁRIO
Voltas que a política dá.
Nove dos julgadores de Dilma Rousseff no processo de impeachment foram ministros da presidente denunciada.
Três senadores absolvem-na: Armando Monteiro Neto (PTB-PE), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Kátia Abreu (PMDB-TO).
DOS QUE A condenam, quatro são do PMDB: Edison Lobão (MA), Eduardo Braga (AM), Garibaldi Alves Filho (RN) e Marta Suplicy (SP) – à época, quadro do PT; um do PRB – Eduardo Lopes (RJ); e outro do PSB – Fernando Bezerra Coelho (PE).
O negócio é o seguinte
TÊM-SE COMO muito prováveis dois itens na reforma político-partidária: proibição de coligações em pleito proporcional e cláusula de desempenho.
CIENTISTAS políticos advertem: eleição para prefeito não se atrela ao pleito para presidente da República. Interessa, porém, a candidatos à Câmara Federal.
LULA DA SILVA abre o jogo publicamente. Revelação dele, em São Paulo: “Não brigo com a realidade. Já estou na fase pós-impeachment”. Além dele, pronunciam-se assim outros petistas do bloco de comando partidário.
SUGESTÃO: quando tempo houver, vá ao endereço walgom.com.br para visitar o portal ‘Walter Gomes – Informação e análise’.
CINCO PREFEITOS de capitais mais bem avaliados, segundo média dos índices de quatro institutos de opinião: 1) Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), de Salvador; 2) Rui Palmeira (PSDB), de Maceió; 3) Geraldo Júlio (PSB), do Recife; 4) Marcio Lacerda (PSB), de Belo Horizonte; e 5) José Fortunati (PDT), de Porto Alegre.
PARA REFLETIR: “O coração do homem de Estado deve estar na cabeça”
(Napoleão Bonaparte, militar e político francês).
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