Walter Gomes 21/08/2016

Da incompetência à interinidade vacilante

LULA DA SILVA FAZ BRINCADEIRA DE MAU GOSTO OU PILHERIA COM A situação do pt e suas referências Regionais.
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Embora tenha sido três vezes ministro de Estado no período da ditadura militar – pastas da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura –, além de embaixador do Brasil junto ao governo da França, Delfim Netto teve longa interlocução com os dois presidentes da República sob a bandeira do PT: Lula da Silva e Dilma Rousseff.
 

O SENHOR Silva consultava-o e o mestre em economia dava-lhe sugestões criticadas pela facção petista cultora do radicalismo no debate e na malandragem para ganhar dinheiro fácil e sujo.
A senhora Rousseff demonstrava, em alguns momentos, interesse no diálogo com Delfim, mas não conseguia avançar. Quase nada que era sugerido sensibilizava a governante. Preferia ouvir elogios de Guido Mantega, ministro-genuflexo da Fazenda e administrador subalterno da política econômico-financeira.
   

RESULTADO: se as conversas com Delfim valeram pouco, a linha de ação do ítalo-brasileiro Mantega foi eficiente para levar o Brasil à proximidade da bancarrota.
O Brasil se afastou do precipício, mas não o suficiente para evitar, de fato, o perigo. A administração incompetente foi substituída pela interinidade vacilante.

EXAGERO NO DIZER
Quem fala muito erra mais, conforme propaga a
sabedoria popular.
É o caso do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR).
Ora se acha engraçado, ora se imagina senhor da verdade. Não representa nenhum dos dois personagens.
 

CERTO É QUE deveria ser cauteloso no que diz. Experiência não lhe falta. É longa a vida pública dele.
Foi prefeito de Maringá, secretário estadual e cinco vezes
deputado federal.

EM QUEDA LIVRE
Lula da Silva faz brincadeira de mau gosto ou pilheria com a situação do PT e suas referências regionais. Sugeriu candidaturas de Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias à prefeitura de capitais dos estados que representam
no Senado.
 

HOFFMANN tem alta rejeição em Curitiba e Farias é o sexto citado entre os políticos que mais decepcionaram o eleitor carioca.

ANAIS DA HISTÓRIA
Sina do PMDB, desde quando não tinha o pê de partido, é narrada em prosa e declamada em verso.
Jamais elegeu, via voto popular, um dos seus quadros presidente da República. Tancredo Neves ganhou no colégio eleitoral (processo indireto).
 

JOSÉ SARNEY, o vice maranhense que herdou o poder do mineiro morto sem tomar posse, viera do PDS (sigla da base política do governo militar). Ulysses Guimarães, Orestes Quércia e Mário Covas, três paulistas, foram massacrados nas urnas.

OPINIÃO QUE VALE
Senador qualificado na ação política e seriedade nos julgamentos reconhece as dificuldades de Michel Temer na Presidência da República.
Não apenas pela falta de experiência administrativa – jamais governou estado ou município –, mas pela insegurança da interinidade.
 

A PARTIR de setembro, quando assume a titularidade, inicia-se a contagem regressiva. Para esse parlamentar, peemedebista histórico como o governante em exercício, Michel recebe o voto de confiança até o período pós-eleição para prefeito e vereador.
 

EM NOVEMBRO, “terá de dizer a que veio”, diz o congressista. Até lá, espera a montagem de ministério “com pessoas de melhor nível, porque o de agora é fraco, bastante fraco”, sublinha.

JURISTAS DE TOGA
Escalada do poder no Supremo Tribunal Federal. Cármen Lúcia assume, 12 de setembro, a presidência ora exercida por Ricardo Lewandowski.
 

NO MESMO mês de 2018, Dias Toffoli recebe o comando da Corte.
Dois anos depois, será a vez de Luiz Fux.

CONSENSO É DIFÍCIL
Abordagem oportuna do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) sobre o debate de temas divisórios na Câmara, onde há representação de 27 partidos.

CITA COMO exemplos sublinhados a reforma da Previdência e a questão do mercado de trabalho.
 

O PARLAMENTAR confessa-se perplexo com quase três dezenas de legendas, “porque inexistem tantas linhas ideológicas”.
Identifica nessa barafunda de siglas o uso indiscriminado de recursos do Fundo Partidário e do tempo no horário gratuito no rádio e na televisão.
 

PESTANA CONSIDERA imprescindível o fim das coligações nas eleições proporcionais e o restabelecimento da cláusula de desempenho.

PERGUNTAR NÃO PAGA IMPOSTO
Curiosidade, apenas.
É possível estabelecer controle social sobre mandatos parlamentares se mais de 70% dos eleitores não lembram o nome do deputado que ‘mereceu’ seu voto?

O negócio é o seguinte

GRÃO-DUQUES do PT
– três de grande influência, interna e externa – escancaram a porta da revelação. Depois das urnas de outubro, a legenda vai perder quadros significativos até mesmo no Nordeste, onde Lula da Silva, apesar das nódoas éticas, ainda tem crédito como líder.


FERNANDO Haddad (PT), além das dificuldades eleitorais, está sem caixa para a campanha de reeleição à prefeitura de São Paulo.
 

TROCA DE informação em gabinete de figurão da indústria nacional com registro civil paulista. Deputado conterrâneo perguntou-lhe: “O que acha do governo Temer?” Resposta de bate-pronto do empresário: “Fraco no comando político e indeciso nas ações administrativas.”
 

RICARDO Berzoini (PT-SP), ministro da Secretaria de Governo na segunda fase da administração Dilma Rousseff, comanda, nesses dias nervosos, a equipe ‘Pronta Resposta’ da governante afastada. Cuida, também, de aparar arestas na relação de conflitos da senhora Rousseff com o PT e outras siglas da base político-parlamentar da então presidente da República.
 

PARA REFLETIR: “Em política, sempre é preciso deixar um osso para a oposição roer” (Joseph Joubert,
ensaísta francês).

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