01 de setembro de 2018 31/08/2018 - 18h25

60% dos brasileiros acreditam que os direitos humanos beneficiam quem não merece

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Gabriel Serpa gabrielserpa@opovo.com.br
Acervo O POVO

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, entre os dias 25 de maio e 8 de junho deste ano, revelou que seis em cada dez brasileiros acreditam que "os direitos humanos beneficiam apenas pessoas que não merecem, como criminosos e terroristas".

No Brasil, o percentual de concordância com essa afirmação é maior do que em outros países.  Perguntados sobre a frase "direitos humanos não significam nada na minha vida", 28% concordaram com a afirmação. Índice é superior a 25 países, ficando atrás apenas da Arábia Saudita e Índia.

Apesar da descrença sobre os direitos humanos, 69% consideram que é importante a existência de uma lei para protegê-los e 34% acredita que todos no Brasil desfrutam dos mesmos direitos humanos básicos.

Ieda Prado, doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), acredita que o senso comum acaba formando uma visão estereotipada sobre a atuação dos direitos humanos na sociedade. "Os direitos humanos são fruto de um processo de luta e reconhecimento da dignidade de todas as pessoas. Não visam garantir a impunidade, mas que todas as pessoas tenham direito à defesa", afirma.

Crianças lideram o ranking global (56%) das que, na visão dos entrevistados, mereceriam a proteção dos direitos humanos. Em seguida estão pessoas com deficiência (48%), idosos (44%), mulheres (38%) e pessoas de baixa renda (30%).

No Brasil, as crianças também lideraram a pesquisa (56%). Em seguida vem idosos (55%), pessoas com deficiência (46%), mulheres (39%) e pessoas de baixa renda (38%).

Os direitos que merecem defesa mais citados globalmente são: a liberdade de expressão (32%), direito à vida (31%), direito à liberdade (27%), direito à igualdade de tratamento perante a lei (26%) e direito de não ser discriminado (26%).

No Brasil, o cenário ficou diferente. Os entrevistados citaram o direito à segurança (38%), direito à vida (36%), direito das crianças à educação gratuita (32%), direito à liberdade da escravidão ou do trabalho forçado (29%) e direito de não ser discriminado (28%)

“Cabe à população compreender que os direitos são conquistas que devem ser preservadas e não atacadas, pois o desrespeito ao direito de um pode significar o desrespeito ao direito de todos”, diz a doutora em Sociologia.

A pesquisa do Instituto Ipsos foi realizada em 28 países, incluindo o Brasil, com 23,2 mil entrevistados.

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