23 de agosto de 2018 22/08/2018 - 18h17

Homens também sofrem de depressão pós-parto, aponta pesquisa

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Gabriel Serpa gabrielserpa@opovo.com.br
Acervo O POVO

A depressão pós-parto não atinge somente as mulheres. Aproximadamente 10% dos pais de primeira viagem enfrentam o problema. Além disso, 18% sofrem algum transtorno de ansiedade após o nascimento do bebê. Dados são de uma pesquisa apresentada no último dia 9, na convenção anual da Associação de Psicólogos dos Estados Unidos.

Segundo o levantamento, aproximadamente 10% dos pais de primeira viagem enfrentam o problema. Além disso, 18% sofrem algum transtorno de ansiedade após o nascimento do bebê.

A psicóloga especialista em Terapia cognitivo-comportamental, Raquel Lima Rocha, afirma que após a gravidez surgem inúmeras novas responsabilidades em relação à família. "Tudo isso pode de certa forma, desencadear preocupações excessivas e uma autocobrança elevada no pai, visto que a figura paterna, no imaginário cultural, está habituada a ser associada como o provedor, protetor e figura de segurança", diz.

Raquel explica que os sintomas, em ambos os sexos, são bem parecidos, mas no caso das mulheres existem algumas especificidades. “Essas tendem a ficar com o humor mais sensível, choroso, abatimento, rejeição em relação ao filho, mas também gera insônia, irritabilidade, perda do interesse sexual, desesperança, pensamentos negativos em relação ao cônjuge, ansiedade e pensamentos de que não será capaz de ser uma boa mãe, o que gera culpa” afirma.

A depressão pós-parto paterna ainda não é algo tão estudado e diagnosticado. Porém, já existem profissionais de Psicologia que trabalham com esse preparo psicológico para a gestação, chamado de pré-natal psicológico, no qual a gestante, ou o casal, podem ser acompanhados durante toda a gestação, trabalhando as emoções, os pensamentos, crenças e medos que podem surgir nesse período, auxiliando-os a encontrar estratégias saudáveis para lidar com essa transição.

Pai há quatro anos, Lucas Medeiros, relembra como foi a sua vida após o nascimento de seu filho. "A gravidez de minha mulher não foi uma coisa planejada, foi uma surpresa, minha responsabilidade aumentou, no meio dessa crise eu tinha muito medo de perder o emprego. Ansiedade, preocupação e estresse era o que eu sentia", conta.

Junto com sua esposa, Lucas procurou uma psicoterapia de casal. Segundo ele, uma decisão fundamental em sua vida. "No começo eu não queria admitir que estava com problemas, alegava que sempre estava cansado, mas de tanto a minha esposa insistir acabei aceitando. Depois de dois meses de ajuda profissional consegui recuperar minha autoestima e confiança, as coisas realmente melhoraram", relembra.

A psicóloga Raquel Rocha aconselha sempre procurar uma ajuda profissional para superar o problema. “É recomendado, que nesses casos, tanto na depressão pós-parto feminina quanto na masculina, busque-se ajuda de profissionais habilitados para esse manejo, como psicólogos e psiquiatras, pois a intervenção psicoterápica e farmacológica juntas, poderão auxiliar na minimização dos sintomas depressivos e restabelecer o equilíbrio emocional do sujeito”.

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