O Brasil ocupa a segunda colocação, em um ranking de 28 países, que analisa o número de cyberbullying (agressões registradas na internet). Os dados são de um levantamento feito pelo instituto francês Ipsos, entre 23 de março e 6 de abril de 2018, com 20,8 mil pessoas.
Segundo a pesquisa, 29% dos pais ou responsáveis por crianças brasileiras relataram que os filhos sofreram bullying virtual, um aumento de 10% em relação a mesma pesquisa realizada em 2016.
A especialista em terapia cognitivo-comportamental, Raquel Rocha, Acredita que o distanciamento e fragilização das relações familiares é algo que influencia no aumento dos índices. "Por traz de toda agressão ou agressor, existe uma falta, existe alguém que também está sendo desamparado. As redes sociais são apenas um meio moderno de expressar essa falta de amor, de cuidado.", afirma.
Além disso, Raquel ressalta os impactos psicológicos causados pelo bullying. "As crianças que vivenciam esse tipo de violência, acabam se sentindo inseguras, ameaçadas, desamparadas, isso pode gerar inúmeros traumas psicológicos que vão refletir no comportamento. Muitas crianças e adolescentes que sofrem bullying apresentam sintomas, como queda no rendimento escolar, humor deprimido, automutilação, agressividade, até mesmo depressão e suicídio por não aguentarem a perseguição e não encontrarem, em casa ou na escola, um lugar seguro, em que se sintam protegidos dessas agressões.", diz.
A Índia lidera o ranking com 37%, estando acima da média global (17%). O estudo mostra que a Rússia é o único país em que os entrevistados afirmaram não ter conhecimento de casos de bullying virtual que envolvesse seus filhos. A mesma pesquisa realizada há dois anos constatava um índice de 9% no país.
Banco de Dados O POVO
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