As grandes transações e salários milionários que são pagos aos jogadores de futebol não é uma realidade para as mulheres que desejam ganhar a vida nos gramados do mundo. Um recente estudo do Sindicato Internacional dos Jogadores de Futebol (FIFPro) revela que 49% das mulheres na modalidade não recebem salário para praticar o esporte.
A Women’s Super League, a maior liga do futebol feminino na Inglaterra, é um exemplo da desigualdade. Não há premiação em dinheiro para as mulheres que jogam a competição. Em contra partida, a Premier League, campeonato inglês de futebol masculino, concedeu ao Chelsea, vencedor na competição no ano de 2017, 38 milhões de libras, algo em torno de R$ 160 milhões.
O desinteresse das marcas em investir e das emissoras de TV em transmitir os jogos dificultam o crescimento da modalidade. A Caixa Econômica Federal é, atualmente, a única patrocinadora do Brasileirão feminino, desembolsando anualmente R$ 10 milhões, dinheiro insuficiente para custear as despesas da competição.
O Brasileirão feminino, pela primeira vez, concedeu ao campeão de 2017 uma premiação em dinheiro. De acordo com a CBF, o Santos Futebol Clube lucrou R$ 120 mil. No mesmo ano, o 16° colocado do campeonato masculino recebeu seis vezes mais, cerca de R$ 744 mil. O Corinthians, campeão brasileiro de 2017 recebeu R$ 18 milhões, 141 vezes maior que a premiação feminina.
Segundo a pesquisa 60% recebem de zero a € 485 (R$ 1.920,53), 30% entre esse valor e € 1.620 (R$ 7.320, 62) e 9% ganham até € 6.489 (29.323,14). De todas as entrevistadas, apenas 1% afirmaram ganhar igual ou acima de 6.500 euros.