Uma pesquisa realizada pelo Google BrandLab, no Brasil, aponta que metade dos homens entrevistados acreditam que machismo e feminismo são movimentos equivalentes.
O levantamento mostra que as buscas na internet pelo termo “machismo” aumentaram 263% nos últimos dois anos, se tornando o terceiro termo mais procurado na web.
A militante, Eduarda Simões, do coletivo “Maria Maria”, afirma que o aumento no número de pesquisa pelo termo contrasta com a desinformação sobre os movimentos. "O feminismo é uma luta que não busca a competição, como alguns sugerem, mas que visa à conquista de direitos na sociedade.", diz.
Segundo o sociólogo, Carlos Andrade, o machismo é um sistema histórico, cultural e hierárquico, herdado do regime patriarcal. "O machismo é a recusa da igualdade de direitos e deveres, e o termo existe porque na história da humanidade sabemos que os homens eram enaltecidos e tidos como superiores às mulheres."
A pesquisa constata que 78% dos entrevistados admitem que o machismo é uma realidade no País. Segundo Carlos, é importante o reconhecimento, mas que não adianta admitir a existência e continuar as práticas. “É necessário que o homem seja educado, desde pequeno, para comportamentos voltados a igualdade de gênero.”, completa.
A pesquisa ouviu 700 entrevistados de diversos estados brasileiro.
Violência contra as mulheres no Ceará
Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) contra mulheres cresceram 71,5% no ano passado. Foram registrados entre os meses de janeiro a novembro 319 mortes.
O número de mulheres assassinadas no Ceará em 2018 é três vezes maior que o ano anterior. Nos primeiros 100 dias do ano, até 10/4, 149 pessoas do gênero feminino foram vítimas de homicídio. Um significativo aumento comparando-se com os 50 casos registrados no mesmo período em 2017.