Em dez anos o número de Escolas Estaduais de Educação Profissionalizante (EEEPs), no Ceará, subiu de 25, em 2008, para 118 unidades em 2018. Com uma proposta de preparar o estudante para o mercado de trabalho, as EEEPs já contemplam mais de 52 mil alunos em 95 municípios diferentes.
É possível identificar que 60,8% dos alunos que finalizam os estudos nas EEEPs estão inseridos no mercado de trabalho ou em uma universidade. De 2010, ano de formação das primeiras turmas da educação profissional, até 2017, foram 76.320 alunos formados.
O universitário de Contabilidade, Augusto Mateus, 19, acredita que só está empregado por causa do ensino profissional que recebeu “claro que o diferencial para muitas empresas é estar cursando o ensino superior, mas o técnico foi um grande empurrão”, afirma.
A ex-aluna da EEEP José Ivanilton Nocrato, Jocélia Oliveira, relembra que o estágio proporcionado no terceiro ano, foi fundamental para desenvolver o que conseguiu aprender durante o ensino profissional. “Foi como se fosse meu primeiro emprego, e isso ajuda bastante, porque você acaba adquirindo experiência na área, é justamente o que o mercado busca hoje em dia”, diz.
Atualmente o Governo do Estado, em parceria com 4,5 mil empresas, proporciona acesso ao estágio curricular obrigatório e remunerado a todos os alunos, possuindo uma previsão de atendimento de mais de 15 mil estudantes.
O secretário de educação, Idilvan Alencar, ressalta que o Ceará é o único estado que oferece remuneração para os alunos que realizam o estágio. Acrescenta “criamos progressivamente a bolsa-estágio, para alunos do último semestre. Somente o estado do Ceará tem essa bolsa. Nós pagamos meio salário, a empresa recebe o aluno mas é o estado quem paga”, afirma.
Os cursos ofertados nas EEEPs acompanham a demanda do mercado, segundo o secretário, o governo está “sempre aberto” a sugestões das indústrias “nós estamos abertos ao segmento econômico, estamos atualizando constantemente de acordo com o mercado de trabalho”, afirma.
Desde 2011, as escolas construídas são padronizadas e oferecem 12 salas de aula, auditório, biblioteca, bloco pedagógico-administrativo, laboratórios para cursos específicos, além de ginásio poliesportivo e teatro de arena.
O governador do estado, Camilo Santana, anunciou na última semana mais 22 escolas profissionalizantes até o fim do primeiro semestre deste ano. E afirmou que a meta é chegar a 140 unidades, mantendo o Ceará como o estado com maior números de EEEPs.