30 de janeiro de 2018 30/01/2018 - 16h06

70 anos da morte de Mahatma Gandhi

No dia 30 de janeiro de 1948, Mahatma Gandhi, o homem que liderou a jornada de proclamar a independência indiana no império inglês, foi assassinado por um extremista hindu.
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Élyssan Frota elyssanfrota@opovo.com.br
Acervo O POVO
Matéria publicada em 30 de janeiro de 1948

Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi, nasceu no dia 2 de outubro de 1869 em Porbandar, cidade localizada na Índia. O Mahatma, que significa “A grande alma” em sânscrito, foi o maior líder da luta pela independência indiana e um dos propagadores da cultura de paz mundial.
Em 1888, foi estudar na Inglaterra depois de proferir votos de castidade e abstinência de carne e álcool. Na África do Sul, onde se fixou, a partir de 1893, ajudou na luta contra a discriminação dos hindus e, em 1915, Gandhi desenvolveu a política de não violência e de desobediência civil. Em 1919 iniciou a luta pela libertação de seu país que, na época, era uma colônia inglesa;  que sempre se utilizou de estratégias pacíficas, como o jejum, o não pagamento de impostos e greves sem confrontos.

Além disso, fundou jornais de oposição e pregou o retorno ao artesanato manual como forma de confeccionar roupas e como um estilo de vida. Sua luta foi interrompida no ano de 1922 quando foi preso e condenado a seis anos de prisão. Em 1930, Gandhi organizou a célebre marcha do sal e, dois anos depois, fez uma greve de fome que chamou a atenção do mundo para a causa indiana.  

No dia 30 de janeiro de 1948, Gandhi se encaminhava para um encontro de oração na cidade de Déli quando um radical hindu disparou a queima roupa contra ele, dando fim à sua jornada de ativismo.
 
“Se eu for vitima de uma bala assassina, não haverá ódio dentro de mim. Deus deverá estar em meu coração e em meus lábios” escreveu Mahatma dias antes da sua morte. 

Poucos meses depois, o grupo responsável pelo assassinato do líder pacifista foi descoberto e o seu executor foi condenado à morte. Os extremistas hindus se opunham ao respeito de Gandhi em relação a todas as crenças e religiões. 

O assassino de Gandhi tratava-se de Nathuram Godse, que declarou ter disparado os tiros por não concordar com a postura do líder, que, segundo ele, estaria enfraquecendo o governo indiano e fazendo com que o povo hindu fosse massacrado pelos mulçumanos. Relata-se que Gandhi, em seus últimos instantes de vida, declarou a todos que não deveriam vingar a sua morte, tampouco matarem o seu algoz. No entanto, Godse foi sentenciado ao enforcamento, ocorrido no dia 15 de novembro de 1949.
 
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