20 de janeiro de 2018 20/01/2018 - 08h00

Há 35 anos morria Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas

No jogo da vida, nenhum outro brasileiro representou melhor o futebol arte que Mané Garrincha, e, apesar de suas pernas tortas, conseguiu alinhar o seu futebol em busca da maior alegria da partida, o gol.
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Élyssan Frota elyssanfrota@opovo.com.br
Acervo O POVO
Matéria publicada no O POVO em 21 de janeiro de 1983

A marca deixada por Garrincha na memória do esporte está carimbada na história do futebol como arte, uma vez que, o futebol era apenas um jogo simples e divertido. Garrincha conseguiu quebrar esse paradigma com a genialidade das suas jogadas que passaram a ser cultuadas como obra de arte pelos amantes do futebol. 

Nascido no ano de em 1933, de origem humilde, Manuel dos Santos conseguia já nos seus primeiros jogos entrar em campo sem se intimidar com seus adversários, como se fosse uma criança querendo brincar de ser feliz, e voava como um passarinho , fato que deu origem ao seu apelido, para o gol oponente; suas jogadas o levaram a vôos altos até brilhar nos gramados brasileiros e mundo afora pela seleção. 

Vencido o primeiro tempo da partida de sua vida, Garrincha obteve sucesso e fama com suas jogadas inéditas e criativas, passes perfeitos, dribles desconcertantes e gols importantes que abrilhantaram sua carreira. Inicia o segundo tempo, e Garrincha com mais experiência, ao lado de Pelé, dão ao Brasil o primeiro título da Copa do Mundo em 1958, colocando o mundo do futebol aos pés do futebol brasileiro. 

Mas a partida da sua vida ainda não havia sido vencida, e veio a prorrogação, a qual com o seu tempo reduzido e com uma maior cobrança de todos, o deus do futebol mostrou uma realidade dura ao ídolo, quando todos imaginavam que essa partida estava ganha, Garrincha demonstra suas fraquezas, e os seus problemas com o excesso de bebida aumentaram e começaram a prejudicar o seu valioso futebol arte e o seu lado afetivo. 

O apito final veio em 20 de janeiro de 1983 devido a complicações causadas pelo alcoolismo, apagando a luz do futebol arte deixada por ele. 
 
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