Destinos Turísticos 20/04/2017 - 15h18

Lugares para conhecer antes que eles sumam

Ha Long Bay, Templos de Bagan, Ilhas Maldivas... Estes e outros destinos turísticos têm uma coisa em comum: correm risco de mudar drasticamente ou de sumirem um dia. Confira alguns desses locais e o porquê de eles estarem em perigo
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Kalamurzing/Shutterstock

Você adora viajar e conhecer lugares novos, dos mais badalados àqueles exóticos e pouco visitados? Caso a sua seleção inclua locais como Machu Pichu, Muralha da China, Ilhas Maldivas ou templos de Bagan, é melhor se apressar porque todos eles, de alguma forma, correm o risco de mudar drasticamente ou deixar de existir. O buscador de viagens mundial Skyscanner fez uma lista com dez destinos que estão em situações desse tipo. Confira abaixo.

Foto: Travel mania/Shutterstock

Templos de Bagan (Mianmar)
Turismo e religiosidade se encontram nos pagodas budistas dos Templos de Bagan, em Mianmar (antiga Birmânia), na Índia, construídos entre os séculos X e XIV. Localizados no sudeste asiático, os templos atraem visitantes pela beleza e pela história. Em agosto de 2016, a região foi atingida por um terremoto de magnitude 6,8 que danificou os templos, deixou três mortos no país e foi sentido até na vizinha Tailândia. Pela localização do Myanmar próxima à extremidade da placa tectônica indiana e pela idade dos pagodas, os templos estão vulneráveis e correm risco de desmoronamento ao longo dos anos.

Foto: Kamira/Shutterstock

Cuba
Único país ainda socialista no Ocidente e marco ao longo da Guerra Fria, Cuba tem passado por mudanças com a abertura econômica e a retomada de relações com os Estados Unidos. Como reflexo desse processo, uma explosão no setor turístico do país. Em 2016, foram 4 milhões de visitantes buscando conhecer a ilha caribenha, um crescimento de 13% em comparação ao ano anterior, e a estimativa é que em 20 anos cresçam consideravelmente os investimentos em hotelaria, podendo alterar as características da ilha. No país, há destinos tanto para quem busca a história contada por Havana quanto pelo visual paradisíaco de Varadero.

Foto: Ivan Kurmyshov/Shutterstock

Ilhas Maldivas
Praias incríveis, romance e luxo formam o visual para quem visita as Ilhas Maldivas. O arquipélago é destino para muitos casais em lua de mel e é referência quando se fala de bangalôs sobre águas cristalinas. Porém, 80% das mais de mil ilhas se encontram 1 m acima do nível do mar. Por conta do aquecimento global, com decorrente aumento do nível do mar, a estimativa é de que as Maldivas podem desaparecer nos próximos 100 anos.

Foto: Perfect Lazybones/Shutterstock

Ha Long Bay (Vietnã)
Com uma paisagem de tirar o fôlego, Halong Bay - ou a “baía onde desceu o dragão” -, ao norte do Vietnã, é considerado Patrimônio Mundial da Unesco. São mais de três mil ilhas de calcário em diversos tamanhos e formatos, com vegetação densa que brota verticalmente das águas verdes e calmas. A região sofre, há anos, mudanças ecológicas devido às vilas de pescadores, à pesca em grandes proporções e ao turismo. Para conter essa deterioração, o governo vietnamita vem tomando providências como diminuir a quantidade de barcos e turistas por dia.

Foto: Ventdusud/Shutterstock

Veneza (Itália)
Ah, o romantismo de Veneza! Construída no século X, uma das cidades mais visitadas do mundo tem afundado lentamente com o passar dos anos e corre risco de desaparecer. O processo acontece devido a um fenômeno natural de deslizamento dos sedimentos da lagoa onde a cidade se localiza e imagens de satélite mostram que ela afunda 2 milímetros a cada ano. Nos últimos anos, a situação tem sido agravada pelo aumento do nível do mar e estima-se que parte das ilhas que formam a cidade estejam debaixo de água até o final do século XXI.

Foto: Aleksandra H. Kossowska/Shutterstock

Machu Picchu (Peru)
Declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1983, a “cidade perdida dos incas” é uma das importantes relíquias  do império pré-colombiano. Formado por um conjunto de construções datadas do século XVII, Machu Picchu tem praças, santuários, fontes, torres, tumbas, residências entre as montanhas da cordilheira peruana. O sítio arqueológico corre risco de desabar por estar localizado a 2.400 m de altitude, pela idade das construções e pelas décadas de turismo sem regulamentação. Por isso, foi estabelecido um limite de 2.500 visitantes por dia.

Foto: ah_fotobox/Shutterstock

Floresta Amazônica (Brasil)
A maior floresta tropical do mundo se encontra em nove países da América do Sul e, há anos, sofre com desmatamento para dar lugar a plantações e criação de gado e com genocídio indígena. É estimado que, anualmente, são perdidos 22.392 km² da floresta. Em relação à população indígena, dos 180 povos que ainda estão na região, a maioria não tem mais que 1.000 representantes. A tribo Akuntsu, por exemplo, é formada por apenas quatro deles.

Foto: Filipe Frazao/Shutterstock

Grande Barreira de Corais (Austrália)
Com mais de 2.300 km de comprimento, a Grande Barreira de Corais é considerada por muitos cientistas o maior organismo vivo do planeta. Nas cristalinas águas azuis moram milhares de espécies marinhas, entre mais de 2.900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis de corais. Pelo aumento da temperatura e da poluição dos oceanos, muitas mudanças vêm acontecendo na região. As intensas cores dos corais, por exemplo, vêm se apagando. Estudos mostram, inclusive, que a barreira pode deixar de existir nos próximos 100 anos.

Foto: Marcio Jose Bastos Silva/Shutterstock

Recife (Brasil)
Museus, teatros, igrejas, prédios antigos: Recife é repleta de equipamentos culturais que são pontos turísticos obrigatórios para quem busca imersão na história. Além disso, a capital pernambucana é ponto de partida para quem quer conhecer diversas praias. Hoje, a cidade é um dos grandes centros urbanos do País e sua região metropolitana conta com quase quatro milhões de habitantes. Com crescimento urbano desorganizado e população numerosa, os rios Capibaribe e Beberibe, que banham a cidade, estão sofrendo há anos com a poluição de esgotos e lixo.

Foto: zhu difeng/Shutterstock

Muralha da China
Com muita história para ser vista, a Muralha da China começou a ser erguida em 200 a.C., durante a China Imperial. A construção atrai cerca de dez milhões de visitantes por ano e se encontra com uma série de dificuldades para ser mantida. Com quase nove mil metros de extensão, o ponto turístico tem difícil manutenção e sofre com erosão natural causada pelo vento. Além disso, pela impossibilidade de fiscalização constante, ocorre venda ilegal de tijolos, interferindo na estrutura da muralha.

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