A cearense Jomara Cid é referência na criação manual de chapéus e ornamentos para cabeça. Como descobriu esse métier? Conta que, durante a graduação em Moda, foi sorteada com um tema que, a princípio, imaginava ser tão somente um fator determinante de uma má nota, mas que, na realidade, “foi uma bênção inesperada e que me despertou para uma grande paixão: a chapelaria”.
E, assim, a Jomara Cid Chapelaria resultou em um pequeno atelier que atingiu seus cinco anos de criações admiráveis, envolvendo múltiplas peças para cabeça, a exemplo de tiaras, turbantes, fivelas, viseiras, casquetes, fascinators, headbands e grinaldas. Todos os itens com utilização de crochê, rendas artesanais, feltros nacionais e importados, palha, crinol, fita, penas e plumas, couro, estamparia, pérolas e cristais.
Sobre os referenciais estéticos e culturais que assinalam com vigor a criatividade das peças de Jomara Cid desde seu start constam: os loucos anos 1920, com seus cabarés, melindrosas e plumas, até às "luluzinhas" do século XXI, com suas raízes nordestinas, além de um quê do surrealismo de Dali, da belle époque e dos ares parisienses, da liberdade passada pela moda de Coco Chanel, sem deixar de lado os sertanejos com seus chapéus de sol, sua maior inspiração.
E, então, modelinhos exclusivos surgem das mãos de Jomara que também se vale da prática do bespoke – feito sob medida -, reinventando os ornamentos em sintonia com tendências contemporâneas da cena fashion. É naturalíssimo, assim, que suas peças despertem olhares e a sensação de must have.
Intuitiva, clássica e visionária, a estilista imprime amor e talento à chapelaria, divulgando também a couture millenery no Ceará.