Plínio Bortolotti
ENVIADO A ANTONINA DO NORTEplinio@opovo.com.br
A meta de instalar um milhão de cisternas no semiárido nordestino para captação de água da chuva deverá ser alcançada até o fim deste ano.
Segundo balanço do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), até o mês de junho foram montadas 959. 181 cisternas.
Somando-se os reservatórios já em funcionamento e a média de instalação deste ano, em dezembro a quantidade ultrapassará em alguns milhares de unidades a meta de um milhão de cisternas.
O projeto de instalar os reservatórios começou no fim da década de 1990 como projeto da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), que mobilizava a sociedade para financiar a implantação de cisternas de placas.
A proposta era implementar essa “tecnologia social” para a captação da água da chuva, tendo como objetivo construir um milhão de cisternas de placas (programa P1MC), até o ano de 2008.
Em 2003, o governo Lula assume o projeto, sem estabelecer uma meta precisa para alcançar o objetivo, apesar do entendimento de que cumpriria o prazo pré-estabelecida pela ASA, que continuou o trabalho como parceira do governo.
Na presidência de Dilma Rousseff, em 2011, como propósito declarado proporcionar a “universalização do acesso à água”, o governo lança o programa Água para Todos. Para acelerar a instalação dos reservatórios, introduz as cisternas de polietileno (plástico), que são duramente criticadas pela ASA.
Segundo a entidade, que continua no projeto instalando cisternas de alvenaria, o reservatório de polietileno é mais caro, impede o envolvimento da comunidade no trabalho, despreza a mão de obra comunitária e enfraquece a economia local, pois a sua fabricação e instalação são feitas por grandes empresas. Além disso, segundo a ASA, as cisternas de plástico deformam-se com o calor, são de difícil manutenção, e tem menor durabilidade.
A Acqualimp, fabricante das cisternas de polietileno, contesta as críticas. Em nota em seu portal, a empresa afirma que o reservatório dura mais de 30 anos, sem necessidade de manutenção, e suporta bem o calor do semiárido, pois o plástico utilizado funde-se somente quando a temperatura atinge 147 graus celsius.
Cisternas de produção
Além das cisternas de consumo, o programa Água para Todos passou a instalar também as cisternas de produção, que permite o armazenamento de água para plantio familiar e criação de pequenos animas.
Para isso, são utilizadas tecnologias sociais como a barragem subterrânea, cisterna-calçadão e cisterna de enxurrada, que permite armazenar até 52 mil litros de água captada da chuva.
O projeto também é chamado de “segunda água” ou P1+2 (uma terra duas águas), na denominação da ASA, pois um dos pré-requisitos é que a família já disponha de água para consumo humano.
NÚMEROS
959.181
Cisternas instaladas até o mês de junho
SERVIÇO
Água para Todos
Cisternas de consumoMinistério do Desenvolvimento Social (http://www.mds.gov.br).
Cisternas de produção Ministério da Integração Nacional (http://www.integracao.gov.br)Veja também
Acecci questiona projeto em Antonina do NorteErro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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