MANIA 07/09/2017 - 07h00

Roer unhas pode acarretar problemas sérios para a saúde

O hábito, segundo especialista, acontece principalmente em momentos de preocupação, tédio ou nervosismo e pode desencadear, por exemplo, inflamações e hepatite. Saiba como amenizar esse problema
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Diuliano de Freitas diulianofreitas@opovo.com.br
Arman Zhenikeyev/shutterstock
Roer unhas pode se intensificar, principalmente, em momentos de tensão, nervosismo ou durante o período escolar

Hábito de roer unhas, que começa por volta dos três ou quatro anos de idade, a onicofagia é um problema que afeta entre 20% e 30% da população mundial e que pode intensificar-se na adolescência. Estudo publicado em 2016 pela revista PubMed revelou que esse comportamento pode estar relacionado ao nervosismo, tédio, fome, frustração e perfeccionismo. A prática pode levar a inflamações, dores e infecções causadas por fungos que se proliferam em pequenos ferimentos decorrentes desse hábito.

A pesquisa mostrou também que há uma tendência familiar de imitar o vício de parentes que tenham costume de roer unha e que nesse hábito é possível encontrar prazer, alívio e conforto que podem, de forma enganosa, reduzir estresse, irritação e insatisfação.  

Borysevych/shutterstock
Os ferimentos causados são verdadeiras portas de entrada para fungos, vírus, bactérias, infecções, acarretando em doenças como celulite infecciosa e hepatite

Segundo a psicóloga Virginia Uchôa, a onicofagia intensifica-se, principalmente, em momentos de tensão, nervosismo e durante o período escolar, tornando-se um problema crônico por estar relacionado a disfunções psicológicas e emocionais, como o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).   

"É um comportamento que se inicia ainda na infância e que pode ser intensificado na adolescência, sendo mais comum no período escolar e em jovens que estão cursando a faculdade, e se estender até a fase adulta. Um hábito que pode se desenvolver em qualquer pessoa, podendo ser transitório e intensificar-se em um momento de maior estresse. A onicofagia pode se fortalecer como um hábito prolongado durante a vida por estar correlacionado a disfunções psicológicas e sociais", explica Virginia.   

Gravidade do problema

Segundo a dermatologista Aline Salmito Frota, retirar pedaços das unhas pode abrir pequenos ferimentos que são portas de entrada para fungos, vírus, bactérias, infecções – chamadas paroníqueas - acarretando em doenças como celulite infecciosa, hepatite A e diarréia, prejudicando ainda a dentição e musculatura do maxilar.

"Ter essa mania [de roer unhas] pode trazer problemas sérios para a saúde. Doenças infecciosas, infecções e lesões localizadas que podem servir de chamariz para doenças graves, tanto nos dedos, como no esôfago e maxilar, além de prejudicar o crescimento saudável das unhas”, explica Aline.  

Tratamentos
Ainda segundo Virginia Uchôa, a psicoterapia pode ser importante para controlar a onicofagia, já que vai auxiliar no autoconhecimento, buscando os motivos geradores do comportamento, que pode identificar outros transtornos que irão desencadear a compulsão.

"Em outros casos, o hábito compulsivo e de difícil controle encontrado em uma pessoa com onicofagia pode fazer necessário o encaminhamento ao tratamento psiquiátrico para que seja iniciado o uso de medicamentos. Porém, o mais recomendado é procurar um psicólogo para entender os reais motivos que estão levando a esse problema", finaliza Virginia.

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