Quando se fala no tempo, inúmeras podem ser as abordagens dele. Passado, presente, futuro, produtividade... E é justamente nesse raciocínio que se baseia o documentário "Quanto Tempo o Tempo Tem", de 2016. Com pouco mais de sessenta minutos de duração, a produção brasileira dirigida por Adriana L. Dutra, estreante na sétima arte, e Walter Carvalho ("Redemoinho"/2017), que também assinam, respectivamente, produção e direção fotográfica, vale-se de especialistas de diversas áreas acadêmicas para falar dos inúmeros aspectos que se relacionam a ele.
Na película disponível no serviço de streaming Netflix, o filósofo francês André Comte-Sponville, o físico brasileiro Marcelo Gleiser, o arquiteto e urbanista Thierry Paquot, o jornalista brasileiro Arnaldo Jabor e o inventor futurista norte-americano Raymond Kurzweil lançam mão de suas impressões acerca do que, de fato, o tempo representa ou pode representar para a sociedade contemporânea, relacionando-o aos campos pessoal, profissional e coletivo.
A partir das argumentações de cada um deles, é possível levantar nuances que direta ou indiretamente estão vinculadas aos conceitos de tempo e fazem parte do cotidiano das pessoas. As ponderações, que também chamam atenção para definições até então fruto do senso comum, despertam para a necessidade de repensar ideias concebidas e enraizadas do termo.
Com narração da própria diretora, cuja voz é bem semelhante à de Fernanda Montenegro, ricas imagens de fundo e em formato talking heads, alicerçado por entrevistas, "Quanto Tempo o Tempo Tem" pode ser uma ótima pedida para um intervalo entre um jogo e outro da Copa do Mundo 2018 ou mesmo a quem quer extravasar uma abordagem abstrata de um assunto aparentemente comum e definido.
Confira o trailler.
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