PIPOCA EM CASA 28/07/2017 - 16h00

O triste destino profissional de Lída Baarová

Drama-biográfico que leva o mesmo nome da atriz que ganhou telonas europeias entre as décadas de 1930 e 1950 é nossa dica cinematográfica para o fim de semana. Na trama de 2016, narrativa baseada em ascensão, romance, traição e nazismo
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Divulgação
Lída Baaravó e Joseph Goebbels são interpretados, respectivamente, por Tatiana Pauhofová e Karl Markovics

Foi aos 80 anos que Lída Baarová dedicou alguns de seus dias a falar pessoalmente sobre sua vida. As cenas em que a atriz de cinema falecida em 2000 aparece fumando e rememorando sua trajetória pessoal são guia do filme de 2016 que leva seu nome e apresenta ao mundo a história de uma das maiores artistas europeias entre as décadas de 1930 e 1950, nosso Pipoca em Casa desta sexta, 28. 

Lida, no longa, interpretada por Tatiana Pauhofová ("Burning Bush"/2013), também ficou conhecida pelo caso amoroso que teve com Joseph Goebbels, ministro da Propaganda na Alemanha Nazista entre 1933 e 1945. As primeiras cenas de Lída Baarová, drama-biográfico dirigido por Filip Renc ("At Your Own Risk"/2008) e que soma 110 minutos de duração, remetem a grandes festas e luxo peculiares à alta sociedade da República Tcheca. Por sentir que sua vocação profissional é a Arte Cênica e no intento de satisfazer o desejo da mãe – de vê-la brilhar diante das câmeras – Lída empenha-se em conseguir espaço no universo dramatúrgico.

Aos quase 20 anos e no auge dos estudos no Conservatório de Praga, ela alcançou seu primeiro papel. O script da narrativa apega-se aos anos vindouros e mostra, por exemplo, sua chegada à Alemanha para protagonizar ao lado de Gustav Fröhlich, vivido por Gedeon Burkhard ("Bastardos Inglórios"/2009) com quem teve um romance, o filme "Barcarola", sucesso de bilheteria, e demais conquistas de Lída.

O destino da jovem atriz, entretanto, muda depois de ela conhecer Joseph Goebbels, um dos personagens mais sinistros da Segunda Guerra Mundial. O ministro alemão, na trama, interpretado por Karl Markovics ("O Grande Hotel Budapeste"/2014) relacionou-se com Lída por pouco tempo já que, depois de sua esposa descobrir a traição do marido e pedir para que Hitler intervisse, ele foi proibido pelo próprio ditador de ver sua amante.

Vetada para o elenco de diversos filmes alemães, como retaliação do governo nazista, e excluída por considerável parcela da população de seu País, Lída - acusada de traição à nação pelo envolvimento com Goebbels e por isso presidiária por mais de dois anos - viu sua vida social e carreira desmoronarem. Entre lágrimas e sorrisos, a atriz encerra o longa, literalmente, a sós, sentada em uma poltrona e, de maneira dramática, na penumbra. Lída Baarová, disponível no streaming Netflix, é mais uma daquelas histórias pouco conhecidas que merecem ser contadas e assistidas. Dê o play no fim de semana!

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