PIPOCA EM CASA 03/02/2017 - 14h39

Conheça histórias de Sebastião Salgado em "O Sal da Terra"

Para admiradores da fotografia e curiosos pelas histórias por trás dos cliques, as Revistas O POVO indicam o documentário que conta a vida e o trabalho do fotógrafo mineiro e está disponível na Netflix
notícia 0 comentários
DictSql({'grupo': 'Especial para O POVO', 'id_autor': 19099, 'email': 'gabrielacustodio@opovo.com.br', 'nome': 'Gabriela Cust\xf3dio'})
Gabriela Custódio gabrielacustodio@opovo.com.br
SEBASTIÃO SALGADO/ REPRODUÇÃO

Aventuras incríveis vividas pelo mineiro Sebastião Salgado resultam nas fotografias já conhecidas pelo público, mundialmente, em livros e exposições. O documentário O Sal da Terra (2015), dirigido pelos cineastas Wim Wenders (Paris, Texas, 1984, e Pina, 2011) e Juliano Ribeiro Salgado (Nauru, uma ilha à deriva, 2009) - filho de Sebastião -, aborda a vida do fotógrafo e apresenta histórias por trás de ensaios como "Outras Américas", "Êxodo" e "Gênesis". A produção franco-brasileira - que ganhou o César de melhor documentário, em 2015, e foi considerado o melhor filme estrangeiro no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2016 -, está disponível na Netflix.

Narrado ora pelos diretores - um deles filho e o outro, amigo do protagonista -, ora pelo próprio fotógrafo, o longa não traz discussões sobre o fazer fotográfico. O filme conta a vida de Sebastião Salgado e mostra detalhes do trabalho dele, assim como de questões familiares.  Ao longo dos 110 minutos de duração, aborda-se desde a infância em Aimorés (MG), passando pela mudança para Vitória (ES) na adolescência, pelo relacionamento com Lélia Wanick Salgado e, posteriormente, pela saída do casal do Brasil para a França, onde começou a fotografar.

Em cenas que alternam entre a imagem, em plano fechado, de Salgado e fotografias feitas por ele,o fotógrafo conta histórias das viagens que faz a trabalho e originaram alguns de seus livros. Em expedições que duram anos, ele imerge em diferentes realidades para desenvolver os projetos, planejados com o auxílio de Lélia. Em "Serra Pelada" (1986), por exemplo, registra o dia a dia dos garimpeiros de Curionópolis, no Pará. As imagens mostram o amontoado de pessoas - de diversas regiões do País e de diferentes classes sociais - em busca de ouro. "Um mundo hiper organizado, mas em total loucura", conta Salgado.

Reprodução
Enquanto as fotos dos trabalhos de Sebastião Salgado são mostradas, ele narra as histórias por trás dos cliques
 

Outro trabalho que recebe destaque na narrativa é "Êxodo", realizado entre 1993 e 1999, que aborda o tema ainda atual dos refugiados - da África, da Índia, das Filipinas, do Vietnã e da América do Sul. "Enquanto a Europa começava a fechar as fronteiras, Sebastião tentava lançar luz sobre o destino dos desterrados", diz Wenders. Além disso, o longa traz ainda informações sobre o Instituto Terra, fundado pelo casal com a intenção de recuperar área da Mata Atlântica com reflorestamento.

Embora o trabalho de Sebastião Salgado tenha críticos - e dentre eles está Susan Sontag, escritora, crítica de arte e ativista norte-americana - que afirmam que as fotografias são uma "estetização do sofrimento", O Sal da Terra merece ser visto. Com imagens que chamam atenção pela beleza, o documentário sacia a curiosidade de admiradores da fotografia que buscam as histórias por trás dos cliques.

espaço do leitor
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro a comentar esta notícia.
0
Comentários
500
As informações são de responsabilidade do autor:

Vídeos

Especialista dá dicas sobre saúde masculina play

Especialista dá dicas sobre saúde masculina

anterior

próxima

Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje

Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object

ACOMPANHE O POVO NAS REDES SOCIAIS