O jornal Folha de São Paulo divulgou na tarde desta quarta-feira, 25, nova gravação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, dessa vez com o ex-presidente Jospe Sarney (PMDB-AP). No áudio, segundo jornal, Sarney promete a Machado, investigado na Operação lava Jato,ajudá-lo a evitar que ele fosse transferido para a vara do juiz responsável pelas investigações Sérgio Moro "sem meter advogado no meio".
O próprio Machado, que fez acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 24, foi quem fez as gravações. Em uma das conversas, que teriam sido gravads em março dese ano, Sarney manifesta preocupação sobre eventual delação de Machado. "Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada", disse.
Machado teria respondido que havia insinuações, provavelmente da Procuradoria-Geral da República (PGR), por uma delação. Ao que Sarney argumenta: "Mas nós temos é que conseguir isso. Sem meter advogado no meio". O cearense, então, concorda que inicialmente "advogado não pode participar disso", "de jeito nenhum" e que "advogado é perigoso". Na conversa, Sarney repete pelo menos três vezes: "Sem meter advogado".
Segundo a Folha, a estratégia de Sarney não fica clara nos diálogos obtidos, mas teria envolvido conversas com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
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"Duas pessoas pessoas já é reunião. Três é comício", afirma Sarney, fazendo menção ao ex-senador Amaral Peixoto (1905-1989). Para ele, não era bom que muitas pessoas se reunissem ao mesmo tempo.
Nas conversas, o ex-presidente da República deixou claro que concorda em impedir que Sérgio Machado fosse enviado para a vara de Moro em Curitiba. "O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá (Curitiba)", falou.
Sarney se explica
Por meio de nota, o ex-presidente afirmou que conhece Machado "há muitos anos". "Fomos colegas no Senado Federal e tivemos uma relação de amizade, que continuou depois que deixei o Parlamento", disse.
"As conversas que tive com ele nos últimos tempos foram sempre marcadas, de minha parte, pelo sentimento de solidariedade, característica de minha personalidade. Nesse sentido, expressei sempre minha solidariedade na esperança de superar as acusações que enfrentava. Lamento que conversas privadas tornem-se públicas, pois podem ferir outras pessoas que nunca desejaríamos alcançar", diz o texto.
Redação O POVO Online
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