A deputada portuguesa Joana Mortágua discursou na Assembleia da República de Portugal que o impeachment da presidente Dilma Rousseff “se revelou como um golpe contra um Governo democrático eleito”.
Licenciada em relações institucionais, a parlamentar de Portugal é dirigente do Bloco de Esquerda. As acusações foram feitas nesta semana, dias depois da aprovação da abertura do processo de impeachment da petista.
“O papel dos democratas é defender a democracia seja onde for”, disse. “Tudo menos o tal crime de responsabilidade que seria a única justificação legal para o impeachment”, falou em relação aos discursos de votação de alguns deputados do Congresso Nacional.
Michel Temer e Eduardo Cunha, são, segundo ela, os organizadores do “golpe” contra Dilma. Mencionou também que ao contrário da presidente, 60% dos parlamentares que votaram sim estão “a braços com a Justiça”.
Em seu discurso, ela ironizou o caso da deputada Raquel Moniz que dedicou o voto ao marido Ruy Moniz, prefeito de Montes Claros, que foi preso pela Polícia Federal, envolvido em corrupção, na manhã seguinte à votação em Brasília.
Frases da deputada
“Na manhã seguinte os títulos da imprensa internacional traduziram em ridículo a farsa de domingo: Deus e netos dos deputados derrubaram a Presidente do Brasil”.
“O debate correu, e dos fundamentos formais do impeachment nem sinal. Foram esquecidos até pelos organizadores do golpe como desculpas esfarrapadas que eram. E só podemos esperar que o combate à corrupção não vá pelo mesmo caminho”.
Assista o discurso completo de Joana Mortágua:
Redação O POVO Online
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