O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse há pouco que há um “feirão” e “saldão” de oferta de cargos no governo para evitar que o Plenário aprove, neste domingo, a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cunha deu entrevista coletiva no Salão Verde pouco antes do início da votação do impeachment.
Segundo ele, o fato que levou à votação de hoje foi “a suposta existência de crime de responsabilidade, com uma continuidade de atos que levaram a um recorde de pedidos de impeachment na história do País”. Cunha lembrou que a Câmara recebeu 50 pedidos de impedimento de Dilma: um foi aceito, 39 foram rejeitados e 10 ainda vão ser despachados. “Isso não é normal, é sinal de que há uma conjuntura desfavorável, de que efetivamente há uma contestação ao governo”, avaliou.
“Um abismo vai levando ao outro, na medida em que se vai, para tentar evitar o processo de impeachment, se chegando a este estado de feirão, de saldão”, acrescentou Cunha.
Por haver um número tão elevado de requerimentos, Cunha reafirmou que não faz sentido a tese de que ele teria aceito o pedido de impeachment por “vingança” contra o governo. “Quando são 50 pedidos, como se pode dizer que é uma vingança?” ressaltou.
Votação
Cunha não quis adiantar qual será o seu voto, e explicou que votará na sua ordem natural, como qualquer outro parlamentar, quando forem chamados os deputados do Rio de Janeiro.
Ele disse que a votação deverá estar concluída entre 21h30 e 22 horas de domingo.
Agência Câmara Notícias
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