Greve 26/04/2016 - 10h01

Professores estaduais em greve desde ontem, 25

A categoria decidiu pela paralisação por tempo indeterminado em Assembleia na semana passada. A principal reivindicação é o reajuste de 12,67%
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Sara Rebeca Aguiar sararebeca@opovo.com.br

Professores estaduais entraram oficialmente em greve ontem, 25. A paralisação por tempo indeterminado foi decidida em Assembleia da categoria, realizada na última quarta-feira, 20. Os servidores reivindicam, principalmente, aumento de 12,67%.

 

De acordo com o secretario geral do Sindicato da Associação dos Professores dos Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Helano Maia, a data-base da categoria, que é 1º de janeiro, não foi respeitada e as negociações com o Governo não avançam na definição do Reajuste Geral dos Servidores de 2016. O aumento reivindicado de 12,67% diz respeito a 10,67% de reposição da inflação de 2015 e 2% de ganho real.

 

Helano explica que outros pontos de discussão se referem a mudanças em portarias, como as que regulamentam o afastamento dos docentes para dar continuidade à formação e as que descrevem as lotações nas escolas. “Houve a criação de critérios restritivos que antes não tínhamos e que prejudicam todo o sistema educacional, os estudantes, principalmente. Agora, para fazer mestrado e doutorado, há um limite do número de professores afastados. Além disso, professores que antes eram lotados como suporte pedagógico às atividades em sala de aula, como em laboratórios de informática e ciências, saíram para assumir as turmas", resume.

 

O secretário descreve ainda que programas, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), foram também prejudicados. Pelo Pibid, por exemplo, professores da rede estadual tinham redução de carga horária de sala de aula para acompanhar os estagiários de licenciaturas em projetos realizados na escola, o que não acontece mais. Atualmente, os professores além de cumprir com a tutoria aos estudantes universitários, devem cumprir a carga horária normal de aulas.

 

Por nota, a Secretaria da Educação do Estado (Seduc) disse que “vem honrando todos os compromissos assumidos com todas as categorias, sobretudo com os professores”. Sobre o reajuste, principal pauta da greve, a nota descreve que “há recursos específicos para a valorização da remuneração dos profissionais do magistério. Uma posição a respeito está prevista para divulgação no dia 06/06/2016”. Já em relação aos outros pontos da pauta, “o Governo apresentou propostas e informações à categoria sobre cada um dos itens reivindicados. As negociações irão continuar”.

 

Para a Apeoc, a expectativa é que haja alguma solução antes do dia 6 de junho. Ainda não há levantamento sobre o percentual de adesão à mobilização dos cerca de 21 mil profissionais, segundo o Sindicato. O Estado conta com 700 instituições de ensino, entre regulares e profissionais. Cerca de 450 mil estudantes podem sair prejudicados dessa paralisação. Pela agenda de mobilização, próxima quinta-feira (28), às 9 horas, haverá um ato no Palácio da Abolição, e no dia 4 de maio será realizada nova Assembleia Geral da Categoria, para balanço destes primeiros dias de greve.

 

A rede estadual estava funcionando com calendário regularizado até ontem. A última greve dos professores estaduais aconteceu em 2011 e durou 63 dias.

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