20/10/2014

Casa do Barão de Camocim reabre para atividades artíticas

A Casa do Barão de Camocim reabriu este mês para atividades de ocupação artística, mas sua estrutura permanece desgastada. Reforma do espaço será incluída em programa de requalificação do Centro, com previsão de início em 2015
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Eduarda Talicy .
EDIMAR SOARES
Fachada da Casa do Barão de Camocim: espaço deve ser incluído em programa de requalificação do Centro em 2015

A s fissuras da Casa do Barão de Camocim revelam a cartografia da memória de uma moradia secular. O espaço tombado pela Prefeitura Municipal em 2007 ainda não recebeu reforma e chama a atenção dos transeuntes pela suntuosidade, mas também pela precariedade. Localizada na Rua General Sampaio, no Centro, a mansão construída nos moldes do Renascimento europeu integra hoje o complexo Vila das Artes e, após anos fechada, volta a ser ocupado.

O casarão amarelo foi reaberto para a realização de algumas atividades artísticas. A maior delas foi a exposição Materialidades/Ativações/Deslocamentos que encerrou, nos dias 8 a 10 de outubro, a programação de aniversário da Vila das Artes e ocupou todos os espaços da Casa do Barão de Camocim. A atividade proposta pelo curso de Realização em Audiovisual da Escola Pública de Audiovisual da Vila durou três dias e tinha como objetivo levar para o espaço instalações que dialogassem com a própria Casa.


“Essa exposição foi um posicionamento político, sabe”, defende Raphaella Kalaffa, aluna do Curso. “Nós alunos queríamos repensar o uso daquela casa, pensar em como habitar e cuidar desse lugar que está consumido pelo tempo de uma forma que não é legal, então tivemos fôlego para permanecer três dias, mesmo com as limitações físicas e de equipamentos”, afirma.


Para Eduardo Oliveira, estudante universitário e um dos integrantes da exposição, o evento veio num momento chave para discutir o abandono e a preservação de bens culturais tombados ou não pelo Estado. “A exposição veio pra dizer que o Centro pede arte e cultura. Os três dias foram incríveis, muita movimentação, as pessoas saíam meio atônitas”, relembra.


“Ter as instalações dentro da Casa do Barão de Camocim é um reflexo de que aquele espaço pode e deve ser ocupado, vivido e habitado por todos os fortalezenses. Dá uma sensação de querer mais, de imaginar os quartos e sacadas ocupados por outras intervenções artísticas”, deseja Carolina Areal, estudante de Comunicação Social.


Cuidar

Uma lixeira de recicláveis no jardim, uma horta com pimenteira, manjericão e babosa denunciam o desejo de edificar e resistir no local. A estudante Carolina Areal visitou o local da exposição e conta que a casa está realmente precisando de cuidados. “O piso superior, perto da escada, precisou de uma alternativa para não comprometer tanto, as janelas estão com venezianas caindo e consumida por cupins”, detalha.

 

Além disso, existem barras de ferro que sustentam parte do muro da frente que ameaça cair. A pintura está gasta, existem falhas no reboco e nos degraus da escada, as partes de ferro estão corroídas pela ferrugem e o local não conta com instalação de água nem de energia.


A reportagem do O POVO tentou acesso ao local, mas a visita não foi autorizada. De acordo com a direção da Vila das Artes, a Casa estava num processo de “desmontagem da instalação” e só seria possível receber a equipe após o prazo de 10 dias. Em entrevista por email por solicitação da diretora da Vila, Cláudia Pires, ela afirma que foram tomadas providências para receber as atividades.


De acordo com Cláudia, a Coordenação de Patrimônio da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) realizou vistorias na Casa do Barão de Camocim e produziu um laudo técnico de autorização. A montagem contou com o apoio de eletricista da Secultfor e “de uma equipe de profissionais contratada para viabilizar uma instalação elétrica compatível com a demanda da exposição e com as normas de segurança exigidas para essa abertura da Casa”, além da presença de extintores de incêndio durante os três dias.

> TAGS: camocim de barão do casa
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