Após dizer que o resultado da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no Senado foi “bizarro”, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, voltou a criticar ontem a decisão que cassou o mandato da petista, mas manteve os direitos políticos dela.
A votação, ocorrida no dia 31 de agosto, foi conduzida pelo colega, ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após participar da cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas que serão usados nas eleições municipais, o ministro do STF disse esperar que a futura presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, seja “a luz no momento obscuro”.
“Estamos vivendo um momento difícil, de perplexidade, insegurança, e essa decisão do Senado [no processo do impeachment] se coloca nesse contexto. Estou confiante que a ministra Cármen Lúcia vai representar uma luz nesse momento obscuro que a gente está passando”, disse Mendes.
Responsável por conduzir o julgamento do impeachment, Lewandowski decidiu aceitar um destaque apresentado pela bancada do PT, que pediu que a votação fosse dividida em duas partes: primeiro a cassação e depois a pena a ser aplicada. Com isso, Dilma manteve os direitos políticos, apesar de ter sido cassada. (Agência Brasil)
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