Improbidade 12/08/2016

Afastado por improbidade, prefeito de Quixadá diz que vai recorrer

Descumprimento de ordens judiciais que exigiam pagamento atrasado de servidores resultou no afastamento de 120 dias de João Hudson, que lançou pré-candidatura e ainda espera concorrer à reeleição pelo PRB
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Isabel Filgueiras isabelf@opovo.com.br
FOTO MONOLITOSPOST
João da Sapataria admite atraso nos salários dos servidores, mas alega que não é responsável pela crise econômica nacional


Afastado ontem por decisão da Justiça, o prefeito de Quixadá João Hudson, o João da Sapataria, do PRB, afirmou que hoje mesmo seus advogados vão recorrer da decisão. Em decorrência da operação “Folhas em Branco” do Ministério Público do Ceará (MP-CE), o gestor e parte de seu secretariado ficarão 120 dias longe do comando do município do Sertão Central.


Segundo o MP-CE, gestores de Quixadá descumpriram diversas ordens judiciais que pretendiam garantir o pagamento dos salários de servidores do município. Os atrasos teriam se arrastado por até 11 meses e teriam ocorrido mesmo após acordos firmados entre servidores e Prefeitura. Esse tipo de ação pode ser configurada como improbidade administrativa.


“Já estou recorrendo. Eu não sou culpado da crise (econômica) brasileira. Amanhã, mandamos alguém. Tenho um mandato legítimo pelo voto popular. Sim, descumpri ordem, mas não tem recurso. O que a Justiça quer que eu faça?”, afirma João. Ele argumenta que a redução nos repasses aos municípios teria causado o problema de pagamento de servidores.


Reeleição

João da Sapataria se lançou como pré-candidato à reeleição. No entanto, até o momento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não possui registros de candidaturas no município.

 

O período oficial de campanha começa na próxima terça-feira, 16. O prefeito está confiante de que a recente decisão de afastá-lo não irá atrapalhar os planos de campanha. Contudo, caso seja comprovada a improbidade administrativa, ele deverá mesmo se tornar oficialmente inelegível.


“Isso não tem nada a ver. Já está documentado. E vou recorrer com certeza”, disse ontem, quando contactado pelo O POVO.


Foram afastados os secretários de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Educação, Desenvolvimento Social, Planejamento e Finanças, além do chefe do Departamento Municipal de Trânsito, do procurador-geral e da chefe de gabinete do prefeito. Eles também foram proibidos de acessar prédios da Prefeitura.


Em decisão do juiz auxiliar da 1ª Vara da Comarca de Quixadá, Adriano Ribeiro, foi ainda decretada a indisponibilidade de bens em até R$ 600 mil dos gestores. O magistrado determina ainda que a Câmara Municipal dê posse ao vice-prefeito pelos 120 dias do afastamento.


O prefeito foi eleito em 2012 na primeira vez em que apresentou candidatura. Ele obteve, na época, 54% dos votos válidos em coligação com PP, PTB, PTN, PTC, PSB, PV, PPL e PSD.

 

Saiba mais


Uma outra operação do Ministério Público, realizada em junho de 2013, já levara ao afastamento de praticamente todo o secretariado de Quixadá, à época. O prefeito João da Sapataria, inclusive, chegou a ser preso, mesmo não sendo um dos alvos, devido ao fato de os políticos terem encontrado uma arma na sua residência quando realizavam busca e apreensão de documentos. A Operação Miragem investigava suspeitos de desvios em licitações realizadas no município.

 

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