Líder do PMDB no Senado e antigo aliado do PT no governo federal, Eunício Oliveira disse neste fim de semana que o governo Dilma Rousseff (PT) quebrou o País. Classificando última meta fiscal da petista como “uma enganação”, o peemedebista afirmou que o Congresso deve se reunir a partir de amanhã para refazer um projeto que traga “real situação do País”.
“Essa última meta tinha previsão de CPMF, incluía crescimento do PIB, tudo mais uma enganação para que a população não soubesse o que estava acontecendo com o Brasil de verdade. O governo da Dilma quebrou o País, disso ninguém tem dúvida. O País está quebrado e com R$ 200 bilhões de déficit”, disse Eunício ao blog do jornalista Eliomar de Lima.
Segundo o peemedebista, governo Temer irá “recolocar o Brasil nos trilhos” e ampliará o crescimento sem necessidade de aprovação da CPMF. “Acho que só a volta da confiança no Brasil vai fazer que o País volte a crescer”, diz. Ex-ministro das Comunicações de Lula, Eunício sempre adotou postura de defesa de Dilma enquanto líder do PMDB no Senado.
O peemedebista, no entanto, minimiza a duradoura união entre PT e PMDB. “O PMDB apoiou a Dilma, mas não governou o País. Quem governava era o PT. O PMDB está governando o Brasil agora”, disse.
Polêmicas
Eunício Oliveira também defendeu a gestão Temer de recentes polêmicas envolvendo seu ministério, como a extinção da pasta da Cultura. “É mais do que natural, em um País que tem 34 partidos, o Michel reduzir de 38 para 23 ministérios e ouvir reclamações. Mas é melhor que tenha uma reclamação de que ele diminuiu custos do que uma de que ele aumentou agora.
Apesar dos questionamentos a Temer, Eunício afirma que o presidente em exercício não só irá “acertar na economia”, como também acertar os rumos do País. “O Brasil saiu dos trilhos e a gente precisa colocar ele de volta. Tenho convicção de que com gente como Meirelles, Pedro Parente e tantos outros companheiros que ele tem escolhido para dirigir os rumos, nós vamos, se Deus quiser, botar o Brasil onde ele deve estar”.
Líder do maior bloco do Senado Federal, Eunício terá papel importante na etapa final do processo de impeachment de Dilma na Casa. Tanto na gestão da petista quanto no governo interino, o senador possui indicação de diversos cargos federais.
Em 2015, o peemedebista se dizia contra o impeachment, afirmando que a “perda de popularidade não é pressuposto para impeachment”. Na votação da admissibilidade do pedido na Casa, no entanto, Eunício destacou que situação de Dilma ficou insustentável pois ela teria pedido capacidade de governar o País. Antigo aliado do PT e do lulismo, relações entre Eunício e o partido estremeceram em 2014, quando a sigla lançou Camilo Santana como seu rival na disputa pelo governo do Ceará.
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