Passando pela Câmara, e se o Senado der prosseguimento ao processo de impedimento, a presidente Dilma Rousseff (PT) é afastada por 180 dias. Passaria a comandar o País, então, o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O que significa uma nova condução da política econômica do Brasil. Mas qual seria a diferença entre Dilma e Temer?
Eldair Melo, diretor-executivo da instituição de ensino Finanq, acredita que a política econômica com o vice-presidente não irá mudar. “Haverá maior credibilidade do mercado e é isso que a economia está necessitando. Ele (Temer) terá um período curto de transição para mostrar para a economia que terá sucesso. Dentro desse período (180 dias) ainda haverá PT e oposição indo contra o Governo”.
Por outro lado, Mansueto Almeida, enxerga uma equipe econômica mais ortodoxa com Michel Temer. “Ele traria algum economista muito experiente, muito respeitado, um político que consiga dialogar com o Congresso. Nelson Barbosa (atual ministro da Fazenda) tem uma agenda muito parecida com o que um novo ministro vai ter que enfrentar, mas, talvez, esse novo ministro vai ter mais apoio do Congresso”, analisa.
O economista Victor Leitão avalia que um governo Temer terá uma coalizão maior entre os políticos e trará nomes como Armínio Fraga ou Henrique Meirelles. “São caras que já passaram pelo cargo de presidente do Banco Central (BC), foram bem sucedidos e continuam dispostos a ajudar. Esse Governo de agora já mostrou que a matriz econômica atual é falida. Nelson Barbosa participou das pedaladas fiscais e nomes como Henrique Meirelles iriam na contramão disso”, diz.
Em relação à experiência, Sérgio Melo, presidente da SM Consultoria, não acredita que o vice-presidente tenha pois não há registros de que ele já foi grande gestor. “Mas o que, muito provavelmente, vai ocorrer é que ele deverá se cercar de ministros profissionais de mercado, cantando alguns ex-ministros, de períodos pretéritos, que foram elogiados interna e externamente para dar a credibilidade necessária ao mercado”.
Armínio Fraga também é um nome cogitado pelo integrante do Conselho Federal de Economia (Cofecon) Paulo Dantas.“O que acontece também é que Armínio é um neoliberal convicto que acha que o estado é auxiliar e tem papel secundário, se não for mais embaixo, na economia. Não estamos ainda numa situação que se possa trabalhar um estado mínimo”, afirma. Em sua análise, o economista afirma que Nelson Barbosa tem visão diferente, vem da escola em que o gasto público tem uma função na economia.
“O problema é que o nosso gasto está absolutamente deformado”. (Beatriz Cavalcante)
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