Em uma semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em Fortaleza. Num dos momento mais delicados de sua trajetória política, o petista visitará a capital cearense no sábado, 2/4. A informação foi confirmada pelo presidente estadual do PT, Francisco de Assis Diniz.
A visita faz parte de estratégia do partido em busca de apoio contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que tramita na Câmara dos Deputados. Lula deve participar de manifestação no sábado à tarde.
O local ainda não foi definido.
Os grupos que formam a Frente Brasil Popular, em torno de 60 organizações, planejam reunião amanhã e segunda-feira, 28, a fim de reagendar a manifestação de 31 de março para 2 de abril. Dessa forma, eles poderiam com a presença do ex-presidente no evento. O POVO apurou que a visita a Fortaleza é o último compromisso do dia na agenda de Lula.
“Também estão fechando compromissos do Lula em outras cidades do Nordeste, como Recife, Salvador e Teresina”, afirma Diniz. Ele explica que, com o feriado de Páscoa, representantes da Frente Brasil Popular estão viajando, o que torna a comunicação entre eles mais difícil. “É preciso haver um encontro com representatividade antes de mudar a data”, relata.
Lula é um dos investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato. O ex-presidente havia sido nomeado ministro da Casa Civil do Governo Dilma, mas ações judiciais impetradas pela oposição e aceitas pelo Supremo o impediram de assumir o cargo.
A decisão de lhe dar o cargo, em meio a investigações, gerou críticas e protestos. Mesmo com as controvérsias em torno de seu nome, Lula ainda conta com o apoio do partido e de movimentos sociais.
Batalhas
As próximas duas semanas serão decisivas para o futuro de Dilma. A presidente prepara defesa para apresentar na Comissão Especial de Impeachment já no começo de abril. Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), também alvo de processo de cassação, quer colocar a pauta em votação no plenário até 17 de abril.
A defesa do ex-presidente Lula informou ontem que entrou com recurso contra a decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo a nomeação do petista para chefiar a Casa Civil.
A liminar de Mendes foi concedida semana passada e atendeu a pedidos do PPS e do PSDB. Na decisão, Gilmar Mendes disse que a nomeação de Lula para o cargo de ministro teve por objetivo retirar a competência do juiz federal Sérgio Moro (responsável pelas investigações da Lava Jato em primeira instância) para investigá-lo.
Além da suspensão da posse, o ministro do STF decidiu também que os processos que envolvem Lula na Operação Lava Jato deveriam ficar sob a relatoria do juiz.
Na terça-feira, 22, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, determinou que Moro enviasse imediatamente ao Tribunal todas as investigações envolvendo o ex-presidente. Zavascki deve analisar o caso já na próxima semana. (com agências)
SAIBA MAIS
Ser ou não ser ministro
A escolha de Lula para ocupar a Casa Civil chegou com especulações de que o movimento tinha como objetivo livrá-lo do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Como ministro, Lula teria foro privilegiado e seu caso passaria para a alçada do Supremo Tribunal Federal (STF).Divulgação de grampos entre Lula e a presidente Dilma Rousseff deu margem para que grupos pedissem anulação da nomeação do ex-presidente.
No áudio, Dilma dizia que enviava o termo de posse para Lula usar em caso de “necessidade”. Alguns juristas entenderam que a atitude configurava desvio de finalidade no atributo de cargo público.Por outro lado, a Presidência explicou que o termo ia para que Lula assinasse, caso precisasse se ausentar da posse por motivo de doença da mulher, Marisa Letícia.
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