CEARÁ 15/02/2016

Falta base firme para combater Aedes no Ceará, diz Carlile

notícia 2 comentários


Secretário da Saúde no Ceará por duas ocasiões e um dos mais reconhecidos médicos sanitaristas do Estado, Carlile Lavor defende a necessidade de que haja mais coordenação nos trabalhos contra o Aedes aegypti. Ele se recorda de que, na década de 1940, o Ceará foi um dos estados que conseguiu combater uma das maiores epidemias de malária no Brasil. “Temos experiências positivas, o transmissor da malária nunca mais voltou, mas nos descuidamos do Aedes, tem de se manter uma vigilância. Como não se teve, ele voltou”, critica.


Segundo Lavor, no início da década de 1990, quando o Estado sofreu epidemia de dengue, o foco foram atividades relacionadas a inseticidas e larvicidas, através do carro fumacê e das visitas dos agentes de endemia. O erro, segundo o ex-secretário, é a falta de sistematização no combate. “O trabalho é feito por cada município, mas um faz numa época, outro faz depois. Se você quer de fato eliminar o mosquito, é necessário coordenação”, afirma.


Carlile conta que, na época do surto de malária, o Estado montou laboratório para treinar profissionais no município de Aracati. “Havia uma supervisão muito firme, cada funcionário tinha uma obrigação determinada, sob pena de receber sanção. Havia uma estrutura. É isso o que não estou vendo hoje, algo que tenha base firme”, ressalta.


No caso do Ceará, há especificidades a serem consideradas no combate ao mosquito. Por ser um estado com escassez de água, há alta demanda por armazenamento nas residências, principalmente do Interior. Apesar de um considerável número de agentes de endemia, mais de 1.600 segundo o biólogo e epidemiologista Luciano Pamplona, abranger a totalidade de casas em um intervalo de tempo eficiente para combater o mosquito é atividade difícil.


Dentre os estados brasileiros, o Ceará é o que registra o menor índice de eficiência no combate com inseticidas, que pouco evoluíram nos últimos anos.


Tanto Lavor como Pamplona são unânimes em pontuar que o principal foco é conscientizar a população de que é obrigação evitar os criadouros de Aedes nas residências. (JW)

 

> TAGS: mosquito aedes
espaço do leitor
Marluce 15/02/2016 13:45
A SEUMA E SEMACE, TAMBÉM PODIAM ENTRAR EM AÇÃO COM PROGRAMAS EDUCATIVOS. POIS É NO MEIO AMBIENTE QUE ELES SE REPRODUZEM.OS LIXOS NOS TERRENOS, LIXO DOS RESTAURANTES E LANCHONETES.
Zé Bob 15/02/2016 11:13
Acho que o problema é a falta de responsabilização Civil e Penal de todos os envolvidos (desde o gestor que não agiu, até o morador que não preveniu em sua residência). Se todos que errassem levassem uma na moleira, certamente não estaríamos assim. Infelizmente só entendemos apanhando. Não somos confiáveis.
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