/confronto/ 20/10/2014

Camilo e Eunício trocam críticas de demagogia e contradição

Segundo Eunício, Camilo foi escolhido por Cid Gomes por ser "dócil o suficiente"; petista lembrou que adversário "até quatro meses atrás dizia que governo Cid era o melhor do mundo"
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Bruno Pontes politica@opovo.com.br
FOTOS FÁBIO LIMA
Peemedebista quer novo modelo para Governo do Estado Petista quer dar continuidade a governo Cid Gomes (Pros)

O primeiro debate do segundo turno entre Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB), realizado ontem pela TV O POVO, foi marcado pela troca de críticas entre os candidatos. O peemedebista insistiu em perguntar por que as promessas feitas por Camilo não foram concretizadas nos oito anos de governo Cid Gomes (Pros), e ironizou declarações do petista, afirmando que ele, “quando lhe era conveniente”, discursava como se fosse responsável por tudo que a gestão fez. O petista destacou “contradição” de Eunício observando que ele, até recentemente, considerava Cid “o melhor governador da história”, além de afirmar que o adversário parecia “desesperado”.

“Demagogia e falsidade”

Eunício atacou já no primeiro bloco, em que os candidatos responderam a perguntas da produção e comentaram as réplicas. Depois de Camilo prometer instalar escolas profissionalizantes e de tempo integral em todos os municípios, Eunício rebateu afirmou que “a escola de tempo integral é algo que não aconteceu verdadeiramente no Ceará”.


“A escola de tempo integral que o candidato fala são as escolas profissionalizantes... Temos mais de 400 mil alunos. Apenas cerca de 10% estão em escola de tempo integral”, disse Eunício, prometendo botar 200 mil alunos nesse tipo de escola. Camilo rebateu que o governo Cid trata a questão educacional “não com simplificação, não com demagogia”, e sim “com seriedade”.


Segundo Eunício, o governo Cid “desordenou as polícias”. “Há um distanciamento enorme entre a Polícia Civil e a Militar. O Ronda foi criado como se fosse uma terceira polícia... A primeira coisa que vou fazer é reabrir o diálogo com as polícias”, disse.


Camilo afirmou que segurança não pode ser tratada “com demagogia, com falsidade” e prometeu mudar a estrutura da polícia, incluindo revisão salarial. “Posso fazer isso porque elegemos (a coligação governista) a grande maioria dos deputados”.


“Quando as coisas foram feitas, aparecem como se tivesse sido o Camilo que fez. Parece até que o governador é ele”, respondeu Eunício. “Tiveram tanto tempo para resolver essas questões. Por que não fizeram em oito anos?”

 

“Padrinho” e cargos

Novas farpas no segundo bloco, quando Camilo fez promessas na área da saúde. “Por que não fez em oito anos?”, perguntou Eunício. Camilo acusou que o adversário “faltava com a verdade” ao atribuir a Camilo o discurso de que a saúde está perfeita. “Ninguém muda as coisas em apenas quatro ou anos. Eu acho que você nunca foi numa UPA, Eunício. Sei nem se você conhece o Hospital Regional do Cariri”, disse o petista.

 

Eunício usou uma pergunta de Camilo sobre cultura para declarar que “não tem padrinho político” e “tem liberdade” para agir na área. Camilo o acusou de contradição e salientou a participação de gente do PMDB no secretariado de Cid.


“Até quatro meses atrás você dizia que esse era o melhor governo do mundo, que o Cid era o melhor governador da história desse Estado. Você indicou vários cargos para esse governo. Inclusive o secretário executivo da Segurança Pública, Aloísio Carvalho. Que contradição é essa?”


Eunício disse que Camilo estava “muito agressivo”. “Ele reage dizendo que eu sou o próprio governo... O senhor é o candidato do governo”. Sobre Aloísio, Eunício disse que ele foi indicado pelo deputado estadual Ivo Gomes (Pros), irmão de Cid.

 

“Vaidade e docilidade”

Ao elencar realizações do governo Cid, Camilo afirmou que Eunício não as reconhece “talvez porque more há muito tempo fora do Ceará”. Segundo o petista, Eunício tem criticado a gestão porque não foi escolhido como candidato.

 

“Não sou candidato por vaidade, por projeto pessoal. Fui escolhido por mérito, pela minha história”.


Eunício respondeu que não foi escolhido porque “não seria dócil o suficiente, como você, para cumprir ordens de um chefe que vai continuar chefiando o governo”. 

 

Frases

 

Ninguém muda as coisas em quatro anos. Acho que você nunca foi numa UPA, sei nem se você conhece o Hospital Regional do Cariri


Você indicou vários cargos nesse governo, inclusive o secretário executivo da Segurança. Que contradição é essa?

 

Não fui escolhido porque eu não seria dócil o suficiente como você, para cumprir ordens de um chefe que vai continuar chefiando o governo

 

Tiveram tanto tempo para resolver essas questões, por que não fizeram em oito anos?


Conteúdo multimídia

Assista ao debate entre Camilo Santana e Eunício Oliveira: http://bit.ly/1rU7qPz 

 

 

espaço do leitor
robewrerto 21/10/2014 12:16
bom mesmo, é o psdb que vendeu, deu a coelce, vendeu deu a oi. vendeu deu oi bec. e nunca se viu um real desse dinheiro aplicado ou usado com os mais pobres. venham ao interior do estado, e voces irao ver a quantidade de upas, aeroportos,açudes, ladeira da ibiapaba,sinalizaçao de ruas,policlinicas
AURÉLIO 20/10/2014 18:11
CAMILO ATÉ PODERIA FAZER UM BOM GOVERNO SE NÃO FOSSE A INTERVENÇÃO DOS FERREIRA GOMES, POR ISSO VOU DEPOSITAR UM VOTO DE CONFIANÇA EM EUNÍCIO.
Gugu 20/10/2014 12:46
Fica-se a imaginar que um desses dois candidatos irá governar o nosso Estado. Nos debates não se ver plano de governo, só troca de acusações. Uma falta de equilíbrio de ambas as partes. Tá difícil de escolher o menos ruim.
hurihiko 20/10/2014 12:25
A Dilma findou a gramática ontem, então, cala a boca Magda, quanto aos pleiteadores ao governo do estado, VOTO 15 não por convicção política, mas para retirar do poder os Ferreira Gomes, mas também porque se a Dilma perder vai ficar feio se o PT governar aqui, ficará ingovernável, Não voto Dilma.
Luís Vieira Teixeira 20/10/2014 12:21
Enquanto o Sr Eunício tem carteira assinada, e em suas empresas, oferta emprego a centenas de cidadãos brasileiros, o clã Ferreira Gomes e seu candidato Camilo, vivem exclusivamente de política, envolvidos em diversas acusações referentes a corrupção no gerenciamento da coisa pública.
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