O segundo debate entre os presidenciáveis no segundo turno foi marcado por troca de duros ataques entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Corrupção, nepotismo, incompetência e acusação de que estavam mentindo foram algumas das armas usadas pelos oponentes.
O confronto foi organizado pelo SBT, em parceria com o portal UOL e rádio Jovem Pan. O duelo foi ao ar, ao vivo, no início da noite de ontem. Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, Dilma e Aécio estão tecnicamente empatados. A segunda votação está marcada para o dia 26 de outubro.
Aécio acusou Dilma de nepotismo pelo emprego do irmão dela, Igor Rousseff, na prefeitura de Belo Horizonte durante a gestão de Fernando Pimentel (PT). A declaração aconteceu depois que Dilma repetiu, pela segunda vez, que o tucano havia empregado parentes no governo de Minas Gerais.
Dilma questionou Aécio sobre a posição dele em relação à lei seca, que pune motoristas que são pegos embriagados ao volante - tema sensível ao tucano, que foi pego dirigindo com a carteira vencida e recusou-se a fazer o teste do bafômetro em 2011. Aécio subiu o tom e disse que a candidata não tinha “coragem para a fazer pergunta direto”.
Petrobras
O escândalo da Petrobras foi iniciado pela presidente Dilma. A petista citou reportagem do jornal Folha de S.Paulo ontem, em que revela que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ao Ministério Público Federal que repassou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para esvaziar uma CPI criada para investigar a estatal em 2009.
Dilma afirmou ser importante saber como ocorreu esse repasse e para quem esse dinheiro foi distribuído. Aécio retrucou a adversária dizendo que apenas agora -quando o ex-diretor da estatal citou membro do partido tucano -Dilma dava credibilidade as denúncias sobre a Petrobras.
Crise de água em SP
Pela primeira vez nestas eleições, a presidente Dilma levou para um debate entre presidenciáveis a crise de abastecimento de água que ameaça São Paulo.
Ao explicar ao rival Aécio Neves o efeito que a seca teve sobre a inflação, a candidata petista aproveitou para alfinetar os tucanos pelos problemas de distribuição de água na capital paulista e em outras regiões do Estado, comandado pelo PSDB.
Segundo Dilma, a mesma seca que provocou o avanço dos preços da energia e de alimentos no país é a que está colocando São Paulo “numa situação insustentável”.
Para a petista, o aumento dos preços provocado pela falta de chuvas é “passageiro”. “O que não é passageiro, candidato? Quando o senhor não planeja, o senhor não investe, você condena uma cidade do porte de São Paulo à mais terrível falta de água”, afirmou. (com agências de notícias)
Saiba mais
1. DILMA PASSA MAL
Dilma passou mal após o debate. Durante a entrevista ao vivo à repórter Simone Queiroz, do SBT, a presidente interrompeu a fala e sentou-se, dizendo estar passando mal, pedindo água.
A câmera focou o outro lado do estúdio e logo em seguida retornou para ela. Dilma então levantou-se, disse ter tido uma queda de pressão e agradeceu a audiência.
"Tive uma queda de pressão, o debate sempre exige muito da gente, foi isso”.
A entrevista não pôde ser concluída, segundo a repórter, por respeito à lei eleitoral, pois ela já tinha alcançado o mesmo tempo de entrevista de Aécio Neves. "Se assim você quer, assim será", disse à jornalista, encerrando a fala.
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