/ACORDOS DO 2º TURNO/ 08/10/2014

Disputa por apoio de Marina cresce, mas transferência de votos é dúvida

A decisão sobre possível aliança com o PSDB de Aécio Neves deve sair amanhã. Cearenses participam do debate e creem em possível acordo
notícia 21 comentários
DictSql({'grupo': ' ', 'id_autor': 16449, 'email': 'hebely@opovo.com.br', 'nome': 'H\xe9bely Rebou\xe7as'})
Hébely Rebouças hebely@opovo.com.br


Um pacote de 22 milhões de votos que, no primeiro turno, foram dados à ex-candidata à Presidência Marina Silva (PSB) tem arregalado os olhos de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), e motivado intensa disputa pelo apoio formal da coligação “marineira”. A cúpula do PT assiste, quase conformada, à aproximação de Marina com Aécio, mas aposta nas dissidências do PSB nos estados para neutralizar possível prejuízo. Enquanto isso, os tucanos investem ostensivamente na aliança, que poderá ser anunciada amanhã.


Ontem, o presidente do PSB do Ceará, Sérgio Novais, esteve em Brasília para discutir a posição do Estado. Por aqui, 676,7 mil votos antes confiados à Marina poderão flutuar para Dilma ou Aécio. A definição da sigla sairá até o fim desta quarta-feira. O presidente do PPS no Ceará, Alexandre Pereira, também esteve na capital federal e participou da reunião que formalizou apoio a Aécio. Integrante da Rede Sustentabilidade no Estado, Ricardo Alcântara, disse acreditar em um “apoio programático” pró-tucano. “Existem muitos pontos convergentes nos programas. Acredita-se que não haverá dificuldade”, disse Alcântara.


Uma comitiva do PSB de Pernambuco – lugar onde 2,3 milhões de eleitores optaram por Marina – viajou ontem a São Paulo para se encontrar com a ex-candidata e estudar os termos para a possível aliança. Mas outra parte do PSB já avisou que deverá ficar ao lado de Dilma, independentemente de qualquer acordo nacional. É o caso da Paraíba, onde PT está no palanque do governador e candidato à reeleição, Ricardo Coutinho (PSB), e do Amapá, onde o atual chefe do Executivo, Camilo Capiberibe (PSB), também conta com apoio dos petistas na briga pela reeleição.


Em outra frente, Aécio pode ser atrapalhado pelas cobranças de neutralidade neste segundo turno. A deputada e uma das coordenadoras da campanha de Marina, Luiza Erundina (PSB-SP), foi incisiva: “Nós não dissemos o tempo inteiro que queríamos mudança? Não propúnhamos o fim da polarização? Se nós apoiarmos um dos polos, não vamos justamente fortalecer um dos polos e, portanto, justamente a polarização que combatemos?”, disse ela.


Migração automática?

O capital eleitoral de Marina é uma das apostas de petistas e tucanos para avançar no segundo turno, mas, nos bastidores, aponta-se que dificilmente a migração dos votos dos “marineiros” ocorrerá em bloco para um só candidato, independentemente do apoio formal que a coligação de Marina venha a conceder.

 

“Podemos dizer, pelo resultado da eleição, que praticamente 55% do eleitorado está contra o governo. Daí à maioria dos votos de Marina ir para o Aécio é outra história. Boa parte do eleitor dela é o de esquerda, que estava insatisfeito com o PT, mas que não vota no PSDB”, avaliou Alexandre Pereira, que ontem esteve na capital federal para a reunião que definiu o apoio do PPS nacional à candidatura tucana.


Por outro lado, conforme explica o cientista político Milton Lahuerta, há uma parte dos brasileiros que optaram por Marina, sobretudo “da região sudeste para baixo”, com claro perfil anti-PT, com tendência a digitarem o número de Aécio no próximo dia 26. O grupo iria de encontro com queles que, apesar da insatisfação com o governo petista, poderão votar pragmaticamente em Dilma para impedir o avanço do PSDB. (com agências)

 

espaço do leitor
Antonio Pinheiro 08/10/2014 17:17
Se eleger um candidato oposicionista não é mudança, paradoxalmente, reeleger a mesma candidata é mudança? Como pressupõe a hastag #MudaMaisBrasil. Como pode mudar se continuaria no mesmo?
Antonio Pinheiro 08/10/2014 17:14
Tenhamos serenidade e respeito com a opinião contrária, pois a democracia pressupõe o embate de ideias e não o pensamento único.
Antonio Pinheiro 08/10/2014 17:11
O que se percebe é que a argumentação dos pró-Dilma é apenas de ódio e ranço autoritário, qualquer um que discorde ou se oponha é considerado por eles como reacionário ou golpista.
Helena Márcia 08/10/2014 16:21
Temos uma mídia golpista (anti-PT), políticos sem ética (pró-eles mesmos) e pessoas desinformadas. Eleitores do Aécio não têm sequer argumentos para defender seu candidato. Quem achar que PSDB é mudança, digo, é retrocesso. #Dilma13Presidenta #MudaMaisBrasil
Alexandre 08/10/2014 15:40
Tô com Aécio, fora PT.
Ver mais comentários
21
Comentários
500
As informações são de responsabilidade do autor:
  • Em Breve

    Ofertas incríveis para você

    Aguarde

Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje

Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object

ACOMPANHE O POVO NAS REDES SOCIAIS

Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo

Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>