Ainda em clima “entre o riso e o choro” do pós-eleições, deputados estaduais voltaram – reeleitos ou não – ontem à Assembleia. Enquanto discursos se restringiram ao resultado das eleições, nos bastidores fervilharam conversas e reuniões de olho no 2º turno da disputa. Em “guerra fria”, aliados de Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) admitem acirramento na Casa e aguardam apenas primeiro movimento dos adversários para início dos embates.
“Com a volta integral dos deputados, que agora já sabem seus resultados, discursos serão mais acalorados. Até porque o 2º turno não será diferente do 1º, será acirrado”, avalia Tin Gomes (PHS), aliado de Camilo. Evitando discurso crítico ao adversário, o deputado diz apenas ser “necessário desmentir injúrias e mentiras”.
Já Roberto Mesquita (PV), um dos deputados mais alinhados com Eunício, condenou “injustiças” contra o peemedebista no 1º turno. “Se falou muito do patrimônio do Eunício, mas não falam que isso não é nada para os grandes escândalos do governo”.
Na manhã de ontem, plenário da Assembleia permaneceu vazio pela maior parte da sessão. Enquanto algum deputado agradecia - ou lamentava - seu desempenho nas urnas, os demais lotavam os corredores da Casa. Na pauta geral, comentários sobre o resultado da eleição e análises para o 2º turno da sucessão estadual.
“Guerra fria”
Quase todos os parlamentares ouvidos pelo O POVO afirmaram que esperam ataques e debates acirrados para as próximas sessões. Todos eles, no entanto, evitaram admitir disparar o “primeiro tiro”, afirmando que irão apenas reagir diante de ataques.
Ely Aguiar (PSDC), por exemplo, cobrou “alto nível” no debate, mas reagiu com uma enxurrada de indiretas a Camilo ao ser indagado sobre possíveis novos ataques a Eunício. “Se forem mostrar os podres, aí vai ter que gente que vai morrer afogado. Até porque o Eunício não responde a nenhum processo. O pai dele também não. Eunício nunca teve bens bloqueados”.
Apontado por aliados de Camilo como “galo de briga” da campanha petista, o deputado Osmar Baquit (PSD) disse esperar “nível melhor”, afirmando que prefere suspensão das sessões em vez de baixarias na Casa. Sobre críticas a Camilo, foi direto: “Vai ter resposta no mesmo nível”.
Coordenador da campanha do petista, Nelson Martins (PT) pediu que o debate ocorra “em cima de propostas”. Ele lembra que a Justiça Eleitoral está acompanhando a Casa.
Sobre isso, o procurador Regional Eleitoral, Rômulo Conrado, lembra que são vedados o abuso de poder político, uso de bens da Assembleia e o pedido direto de votos pelos deputados.
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