Após acusações de ser o responsável pela aproximação entre PMDB e PSDB no Ceará, o presidente do PT estadual, Diassis Diniz, afirmou que o partido fez “todo o movimento para demonstrar o interesse de querer o PMDB no processo de composição”, mas faltou contrapartida da sigla. O diretório petista se reuniu ontem para decidir rumos no imbróglio político da sucessão no Ceará. Segundo o deputado federal e pré-candidato ao Senado, José Guimarães, a proximidade de aliado nacional do PT com rival histórico do partido gerou surpresa, inclusive, para o ex-presidente Lula.
Além de ratificar as decisões do Encontro de Tática realizado em março, as lideranças partidárias foram cobradas pela demora na definição do candidato ao Governo do Estado e pela possibilidade de Eunício Oliveira abrir palanque para o presidenciável Aécio Neves no Ceará.
Apesar de não ter comparecido à reunião do, a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, enviou nota aos correligionários na qual condena a preferência do partido em apoiar candidato do governador Cid Gomes (Pros). No documento, a petista responsabiliza o PT Ceará pela aproximação entre PMDB e PSDB, em detrimento do palanque para reeleição de Dilma Rousseff (PT) no Estado. “A política de privilegiar a relação com a família Ferreira Gomes, ignorando outros aliados, pode prejudicar fortemente a campanha da presidenta Dilma”, escreveu Luizianne.
Falta de diálogo
“Em momento algum o Eunício procurou o comando estadual do PT para dialogar. Nós fomos insistentemente procurados pelo Pros, não foram só uma, duas, três ou quatro reuniões, foram várias”, rebateu Diassis, pontuando as articulações para compor a base aliada junto ao partido do governador e a participação na construção do programa de governo.
O vice-presidente do PT nacional, José Guimarães, destacou que a possível aproximação entre PSDB e PMDB incomodou não apenas o PT, mas os aliados, como o Pros. “Na verdade, o PT não quis nem acreditar, porque o Lula já tinha conversado com o senador Eunício. O Lula ligou para mim na quarta-feira à noite, conversou um pouco, me pediu informes do cenário no Ceará, disse que ia ficar aguardando até domingo, mas qualquer decisão será feita após a convenção aqui”, disse Guimarães.
Na reunião de ontem, o diretório estadual do PT ratificou a posição do encontro estadual de aliança com o Pros e presença na chapa majoritária com a vaga de Guimarães para o Senado. Apesar das críticas pela demora em ser indicado nome pelo governador, o diretório delegou à Comissão Executiva Estadual a aprovação dos nomes indicados por Cid para os cargos de governador e vice.
Serviço
Convenção do PT Ceará
Quando: domingo, às 9 horasOnde: Ginásio da Faculdade Ari de Sá, Avenida Heráclito Graça, 826 – Centro Site: www.ptceara.org.br
Saiba mais
Ao ser anunciada a aliança entre PMDB e PSDB, um dos motivos apontados por peemedebistas foi que o PT fez articulações no Ceará “excluindo o PMDB”. Dissis Diniz descartou a chance de ser indicado nome petista para o governo do Estado e disse que posição “nunca foi elencada e discutida” pelo comando do Pros, apesar de tentativas petistas.
Diassis descartou ainda que o PT possa apoiar candidatura de Eunício Oliveira para o Governo, após o diretório ratificar a manutenção da aliança com o Pros. O PT anunciou a coligação partidária para deputados estaduais e federais. Para estadual, a aliança será formada por Pros (7 candidatos), PT (8), SD (2), PDT (1), PCdoB (2), PTB (2), PSD (2), PSL (3), PRB (3) e PHS (3). Para federal, PT (10 candidatos), Pros (15), SD (6), PSD (6), PRB (7), PTB (5), PV (7), PSL (4) e PHS (5).
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