Ítalo Coriolano, editor-adjunto de Conjuntura
“Ei, fulano, vai tomar no...”. A frase extremamente chula já virou rotina nas partidas de futebol Brasil afora. Do nada, lá vem o coro de palavras de baixo calão na tentativa de atingir algum jogador, um técnico, ou o mesmo o juiz. Comportamento que revela o grau de desrespeito já naturalizado no mundo dos esportes. De forma inacreditável, a vítima da vez foi a presidente da República Dilma Rousseff, durante a abertura da Copa do Mundo. Assisti ao vídeo com as imagens do lamentável episódio somente na sexta-feira, 13, e confesso que fui tomado por um misto de tristeza, vergonha e revolta. Afinal, o que a petista teria feito de tão ruim para merecer esse tipo de tratamento de uma elite social que, convenhamos, não tem muito do que reclamar nos últimos anos? Mas tudo bem, protestemos contra os supostos mal-feitos do governo, as obras atrasadas, os altos impostos, ou mesmo o jeito de Dilma de conduzir o País. Vaias já eram esperadas. Mas apelar para um linguajar desses extrapola todas as barreiras do bom-senso. O planeta, agora, tem real noção do nível de irracionalidade imbricada em parte da nossa população, e alimentada por um ódio complicado de explicar, mas que talvez tenha relação com o preconceito, ou mesmo com a incapacidade de não se deixar levar por movimentos de oposição vazios e, como neste caso específico, grotescos. Não foi só a figura da presidente que acabou atingida. Sentiu a pancada quem jamais seria tolerante a atos animalescos contra quem quer seja. A verdadeira política, caríssimos, anda a léguas de distância dessa baixaria.
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