Milhares de manifestantes saíram às ruas de capitais brasileiras, ontem, para protestar contra a Copa do Mundo, na abertura do evento. No geral, porém, os atos tiveram bem menos gente do que era registrado ano passado, durante a disputa da Copa das Confederações. Em São Paulo, o ato terminou em confronto entre policiais militares e manifestantes na zona leste. O grupo tentou fechar a Radial Leste, via de acesso ao estádio Itaquerão, onde ocorreria o jogo entre Brasil e Croácia, mas foi impedido pela polícia.
Houve uso de bombas de efeito moral e balas de borracha, e ao menos seis pessoas ficaram feridas. Três estações do metrô também permanecem fechadas para o embarque por conta do protesto. Segundo o Metrô, as pessoas podiam apenas desembarcar nas estações Carrão, Belém e Tatuapé, por questão de segurança.
No Rio de Janeiro, cerca de 100 manifestantes, parte deles com o rosto coberto, fecharam o trânsito, na rua Barata Ribeiro, próximo à estação de metrô Cardeal Arcoverde, em Copacabana, zona sul. Os manifestantes foram cercados por policiais militares, e um deles foi detido por desacato à autoridade. Do alto dos prédios, moradores jogam água e ovos e gritam palavrões.
Bombas de gás
O protesto em São Paulo começou por volta das 9h na Radial Leste, na zona leste de São Paulo. Um grupo de “black blocs” infiltrados, porém, forçou o confronto com a Tropa de Choque. Os conflitos ocorreram justamente porque a PM tinha a ordem de evitar que manifestantes interditassem a principal via que leva até o estádio Itaquerão.
A polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha, o que provocou correria. Os manifestantes teriam atirado pedras contra uma tropa que estava protegendo o local.
Ao menos seis pessoas ficaram feridas, entre elas a correspondente do canal CNN, Shasta Darlington.
A jornalista diz que estava preparada para possíveis protestos contra a Copa do Mundo no Brasil. Mesmo assim, ela foi surpreendida por uma bomba lançada por policiais contra “black blocs” durante o ato em São Paulo e acabou ferida por um estilhaço.
“Eu estava com capacete e máscara, mas tirei para fazer o ao vivo. Foi uma das primeiras bombas, por isso mesmo a gente não esperava”, afirmou Darlington, que estava com a produtora da emissora Barbara Arvanitidis. As duas foram feridas por estilhaços e encaminhadas ao Hospital da Vila Alpina. Elas deixaram o local ainda durante a tarde, após atendimento.
Darlington é corresponde da CNN no Brasil há três anos e não vê muita diferença entre as manifestações ocorridas recentemente no país e protestos que ela já presenciou na Itália. Ela avaliou que a atuação da Polícia Militar paulista tem sido diferente em cada protesto. (das agências)
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