PSDB 07/06/2014

Xico Graziano: "Não queremos fazer guerrilha de Internet"

O coordenador de campanha na Internet do pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) afirmou, em entrevista ao O POVO, que a linha do partido nas próximas eleições será não fazer "guerrilha" na rede
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Raul Galhardi raulgalhardi@opovo.com.br
EVILÁZIO BEZERRA

Xico Graziano, coordenador de campanha na Internet da  pré-candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência, é personagem importante dentro do PSDB. Foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo (2007-2010), deputado federal pelo PSDB-SP (1998-2006), presidente do Incra (1995)e chefe de gabinete do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995).

 

Em 2010 foi coordenador do programa de governo de José Serra à Presidência, quando teceu críticas indiretas a Aécio Neves pelo Twitter após a derrota de Serra nas eleições: “Perdemos feio em Minas Gerais. Por que será?!”. O senador mineiro foi criticado, na época, por não dar destaque à candidatura Serra em seu estado.


Graziano esteve ontem em Fortaleza participando de evento voltado à militância do PSDB na Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF) e concedeu esta entrevista ao O POVO:

 

O POVO - Como um candidato pode se destacar e se diferenciar dos outros na rede?

Xico Graziano - Essas é uma das coisas que nós queremos pontuar em relação ao PT. Nós não estamos interessados em fazer guerrilha de Internet. Nosso slogan é “Internet do bem”. Queremos utilizar a Internet para construir a imagem do Aécio Neves, mostrar quem ele é, e não para dar “canelada” em outrem, embora isso aconteça normalmente nas redes. Em termos da orientação da campanha, nós temos que usar a Internet para divulgar o nome do Aécio e não para fazer parte de uma guerra contra o PT.

 

OP - Mas essa “guerra” já está acontecendo.

Xico Graziano - Ela acontece normalmente, com pessoas fora ou dentro do partido. A sociedade hoje quer dar um “basta” nesse governo e você tem canais dentro das redes sociais, como, por exemplo, a “TV Revolta”, que tem mais de cinco milhões de seguidores e que está fazendo postagens muito fortes contra o governo. Isso não é feito por um político. Isso acontece porque a sociedade já chegou a um ponto que quer mudanças. Dentro do partido a nossa orientação é de não entrar nisso. Obviamente eu não posso impedir que as pessoas façam o que quiserem em suas páginas.

 

OP - Essa questão da guerrilha, ou como o Aécio fala, do “submundo”, já está incomodando. Ele inclusive entrou com ações na Justiça para remover do ar alguns sites. O senhor considera essa uma estratégia correta?

Xico Graziano -Não foi uma estratégia, mas um problema jurídico. Configurou-se crime na Internet e ele assinou juridicamente. Essa não é uma estratégia de comunicação do ponto de vista dele, muito menos estratégia política. É uma defesa da honra que você faz dentro ou fora da Internet quando alguém ataca a sua honra. No caso, foi possível comprovar que havia uma orquestração utilizando determinadas ferramentas de Internet para fazer indexação do nome dele a componentes depreciativos.

 

OP - Uma orquestração feita por quem? Foi identificado alguém?

Xico Graziano - Pelo pessoal do PT, obviamente. Estão sendo identificados. Sigilos estão sendo quebrados por ordem da Justiça. O processo está correndo.

 

OP - Essa atitude de Aécio não pode ser vista como censura?

Xico Graziano - A ideia dele nunca foi censurar nada. Os meios de comunicação, os formadores de opinião, mesmo dentro da Internet, viram isso como uma forma de se defender. O Marco Civil da Internet veio depois e deu razão a ele. A legislação que foi aprovada referenda ações dessa natureza. Se você permite postagens nos seus espaços da Internet, decisões judiciais podem te obrigar a retirar essas postagens de lá.

 

OP - Quanto será gasto para contratação de pessoas para atuar na militância virtual?

Xico Graziano - Não faremos isso. O nosso foco é este: o ativismo na rede. É ser participante. É fazer política dentro da Internet. Não é treinamento nem nada parecido com isso. Nossa expectativa é de montar grupos, que se constituirão em uma rede a partir do início da campanha em julho. Então daqui até julho nós temos que organizar esse ativismo e enredar ele de uma forma que ele se comunique facilmente.

 

OP - Não existirá militância contratada para fazer campanha na Internet?

Xico Graziano - Eu não sei. Na minha equipe não. Eu não sei se por aí agenciam pessoas ou não.

 

OP - Não há uma quantia de dinheiro reservada para fazer campanha virtual com pessoas contratadas especificamente para atuar na Internet?

Xico Graziano -Campanha virtual não significa você pagar para fazer isso. A gente precisa produzir vídeos, conteúdo. Minha equipe de trabalho está associada ao núcleo de comunicação da campanha. Nós temos equipe de monitoramento, que produz os dados que irei mostrar aqui. Nós temos equipes variadas, mas não para serem militantes. Isso é o partido que tem que fazer.

 

QUEREMOS UTILIZAR A INTERNET PARA CONSTRUIR A IMAGEM DO AÉCIO NEVES, MOSTRAR QUEM ELE É, E NÃO PARA DAR “CANELADA” EM OUTREM”

 

Xico Graziano, coordenador de campanha na Internet de Aécio

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