Bibi Ferreira já declarou algumas vezes que sua voz era instrumento de trabalho e não podia ser gasta à toa. Ao telefone, só o necessário. Em entrevistas, desde que fossem breves. Na noite da última terça-feira, 30, quando a artista recebeu os jornalistas para divulgar o show Bibi Canta Sinatra, que apresentaria nos dois dias seguintes em Fortaleza, recebemos o alerta da assessoria: cinco minutos para cada equipe. Bibi Ferreira surgiu no corredor em passos lentos, silenciosa.
Atendeu aos repórteres individualmente, cumprindo o tempo estipulado.
Entramos por último. Havia um receio de nossa parte de que sua voz não pudesse mais ser “gasta” conosco. Mas ao entrarmos na sala, um sorriso largo se abriu em lábios pintados de vermelho. “Dona Bibi, viemos aqui para falar da sua vida”, dissemos quase que justificando que não estávamos ali para a divulgação do show.
“Perfeitamente”, ela respondeu em voz firme e sugeriu: “Você pode até perguntar sobre a minha medalhinha (apontando para o pingente com a imagem do Sagrado Coração de Jesus que carrega no pescoço). Não sei se você sabe que sou muito religiosa”, completou.
Daí em diante, emendamos a conversa por 30 minutos, numa entrevista cheia de boas memórias e de muito bom humor. Fomos interrompidas pelo assessor. Era hora, realmente, de parar. Bibi Ferreira nos presenteou com sua preciosa voz e nos emocionou com o exemplo de uma vida dedicada a uma carreira irreparável.
O POVO - Nós vamos começar voltando para os seus 20 dias de nascida, quando a senhora esteve pela primeira vez num palco. O que esse fato diz sobre a sua relação com a própria carreira?
BIBI FERREIRA - Destino. O meu destino era esse. Pisei no palco pela primeira vez com 20 dias nos braços da minha madrinha, dona Abigail Maia, que era a maior atriz da época, casada com o maior autor jovem, Oduvaldo Vianna, pai do Vianinha, famoso. E assim nós fomos crescendo, e crescendo, em benefício de quê? De levar ao público uma coisa que vale à pena. Estudando, lendo, trabalhando e divulgando o teatro nacional.
OP – Quando a senhora esteve no palco aos 20 dias, não foi por uma escolha sua, foi uma circunstância. Quando foi que a senhora pisou no palco por decisão sua?
BIBI- Bom, primeiro foi pelo meu pai. O meu pai foi quem me apresentou no teatro ao público. Eu tinha 17 anos nessa época, e não tinha muita opinião. Você tocou nesse ponto, realmente, válido. Eu não tinha opinião, eu não sabia quem eu era. Eu era uma mocinha como qualquer outra, e papai um dia chegou pra minha mãe e disse: “olha, eu achava bom estrear a Bibi, dar um papel bonito pra ela fazer, uma coisa séria”. E eu estreei com La Locandiera, de Carlo Goldoni, que é um clássico italiano. E eu gostei, fiquei muito prosa, sabe, de ter um pai como esse e uma mãe maravilhosa. A minha mãe merece tudo o que eu recebo de elogios, de palavras gentis e queridas, a minha mãe merece tudo em dobro (se emociona). Foi uma mulher ativa, uma mulher correta, uma mulher severa, porque eu não tinha muito tempo de ficar sem fazer nada. A palavra “nada” não existia. Você sabe que eu toco violino, violão, piano, né? Não quer dizer que eu toque bem! (risos). Falo cinco idiomas, o que também não quer dizer que eu fale bem (mais risos). E assim a vida foi indo, com uma mãe, como eu falei, maravilhosa e um pai famosíssimo.
OP - Esse era um ponto que eu queria mesmo tocar. A senhora é sempre referenciada por ser a filha do Procópio Ferreira...
BIBI- Exato
OP -... mas a senhora me relata uma presença muito efetiva da sua mãe na sua vida.
BIBI - Ah, sim. A importância dela não só afetiva como uma importância ativa na carreira. Tudo o que eu aprendi foi através dos conselhos da minha mãe. Meu pai, não. Meu pai era um grande ator que esporadicamente perguntava “como vai a Bibi”, porque eram separados. E eu era uma pessoa que viajava do pai pra mãe, da mãe pro pai. Não tive assim aquele “ninho” bonito, de família papai, mamãe e eu, o filho. Não tive isso. Mas tanto um quanto o outro soube respeitar o seu lugar e deixava que eu entrasse.
OP - A senhora foi impedida de ser matriculada numa escola religiosa, quando tinha 9 anos, porque era filha de um artista.
BIBI - Isso foi um escândalo brutal. Porque o Millôr Fernandes, o Hélio Fernandes, os grandes jornalistas da época, o Chateaubriand, que você deve conhecer, dono dos Diários Associados, eles pegaram isso e fizeram disso um escândalo brutal. Como é que a filha do maior ator do País é proibida de entrar pra um colégio? O Chateaubriand, um homem com o Brasil na mão com aquela imprensa, ele pegou esse fato e foi longe. Foi feio, realmente, da parte do colégio, não tinha por quê. Mas era um colégio de freiras, o Sion, do Rio de Janeiro, e realmente não me aceitaram por eu ser filha de Procópio Ferreira.
OP - Esse preconceito vivido aos 9 anos de idade, a reboque do seu pai, foi sentido em algum outro momento da sua carreira? (Enquanto formulávamos a pergunta, Bibi fazia um sinal com a mão, como quem quer interromper a frase)
BIBI - Esse o quê?
OP - Preconceito.
BIBI – Preconceito? Não chegou a mim! Com 9 anos nada chega a você. Eles proibiram de eu entrar, e tudo bem. Depois, quando eu era mais velha, aí é que eu soube que eu não tinha sido aceita no colégio. Mas na hora eu não sabia de nada, óbvio.
OP - Bibi, eu já li uma declaração sua de que você não se considera uma cantora, mas uma atriz que canta.
BIBI - Exato. Porque a minha dedicação no palco, na vida, nunca foi através do canto, foi através da comédia, com o meu pai, com quem eu estreei aos 17 anos.
Eu fui fazendo teatro e mais teatro, entrando num grande entendimento com as tábuas do palco. Isso é muito importante. Tinha uma prática muito grande e a teoria toda dada ali pelo meu pai, muito importante mesmo.
OP - Você também teve uma passagem pela televisão, na década de 1960, como apresentadora de programas de auditório, de entrevistas, programas que tinham uma audiência muito grande na extinta TV Excelsior.
BIBI – Enorme, um sucesso enorme na TV Excelsior. Praticamente eu lancei a emissora. Era uma emissora jovem, que estava estreando naquela época, e eu também (como apresentadora). Então foi um sucesso muito grande e muito bonito. Mas sabe que é muito difícil a gente falar do sucesso da gente? Eu prefiro que você fale o que você sabe de mim.
OP - Bibi, você falou em sucesso, e mais uma vez eu faço menção ao seu pai. Ser filha de Procópio Ferreira lhe exigiu também ter uma carreira de sucesso? Houve em algum momento um medo de não fazer jus ao sobrenome de seu pai?
BIBI- Não, é tudo muito diferente do que você está pensando. Porque os 17 anos daquela época eram 17 mesmo, era muito, muito jovem. Era praticamente uma criança. Hoje em dia, não! Hoje em dia uma moça com 15 anos, 16, 17 já é uma mulher que explode para o mundo. Eu, não. Eu era uma criança mesmo aos 17 anos. Então eu só sabia que minha mãe, de acordo com o meu pai, conversaram os dois e decidiram que eu deveria estrear no teatro. Aí foi, estreei, correu tudo bem e tal, e deu tudo certo. Foi só isso.
OP - Bibi, o que a arte lhe deu? Deu dinheiro, deu fama... (ela interrompe)
BIBI – Vai de um por um que é melhor.
OP - A arte lhe deu dinheiro?
BIBI – Dinheiro para o cotidiano. Se você tá trabalhando hoje, tem dinheiro hoje e gasta hoje. Mas não deu uma fortuna. Pra mim não deu. Deu dinheiro, assim, um bom cotidiano. Mas hoje eu vivo, não é modestamente, eu vivo simplesmente. Eu tenho um apartamento que é uma beleza em frente ao Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, que é uma beleza de uma vista, a mais bela do mundo, com certeza absoluta, e isso me dá uma grande satisfação, porque foi através do meu pai e do seu amor com minha mãe que tudo isso aconteceu.
OP - Voltando a falar do que a arte lhe deu. Fama, prestígio, amores?
BIBI – Amores.... amores eu tive alguns maridos, que como eu tenho quase 100 anos de idade, como eu lhe falei, eu tenho direito a ter dois, quatro, seis, oito, dez (conta nos dedos), cinco maridos. Vinte anos pra cada um (todos na sala riem). Eu tive um marido muito bom que foi o (Carlos) Lage, milionário, sobrinho do Henrique e da Gabriela Besanzoni Lage, que tinha a frisa número um cativa no teatro municipal do Rio de Janeiro. Coisas elegantes assim. (risos). O pai da minha filha foi muito importante: (Armando Nicolau) Pinto Martins, um nome que me liga inteiramente aqui, onde estou agora pisando. O grande aviador que foi Pinto Martins, que até hoje a aviação usa a rota que ele traçou dos Estados Unidos para o Brasil. A rota é a mesma que os aviadores usam hoje do tempo do Pinto Martins primeiro, que foi justamente o avô da minha filha. Minha filha se chama Teresa Cristina Pinto Martins.
OP - Nós procuramos críticas negativas a sua vida, ao seu trabalho, a sua biografia artística, mas não achamos. Foi por que não pesquisamos direito ou porque, de fato, não houve motivos, a senhora não deu margem pra isso?
BIBI – Agora veja minha dificuldade. Vou ter que falar me elogiando. Isso é meio estranho. Não sei se o público vai gostar... Mas é verdade. Nunca tive uma crítica ou maldosa, ou exigente demais, ou abaixo da crítica. Por isso eu fico muito feliz e muito prosa. Mas dediquei também minha vida de maneira muito séria. É isso que eu acho. Eu levo a minha carreira de uma forma séria, não brinco em serviço. E às vezes perguntam: “a que você deve seu nome?”. O meu nome é credibilidade. Eu venho fazendo uma carreira me entregando sempre, de uma maneira austera, porque eu levo a sério qualquer entrevista que eu dou, qualquer espetáculo que eu faço, é de uma seriedade incomum. Eu não entro em cena sem estar muito bem ensaiada, muito bem tratada, com o som certo, com tudo certo. Eu me apaixono por tudo o que o teatro tem, pra entregar a uma plateia que não tem ideia do que vai ver. É mais uma razão pra eu fazer bem feito.
OP - A senhora tem muito espetáculos no seu currículo... (ela interrompe)
BIBI – Vários. My Fair Lady, por exemplo, o maior musical de todos os tempos.
Alô Dolly, O Homem de La Mancha, meu Deus do Céu, nem se fala...
OP - E tem muitos tributos também como à Amália Rodrigues, Carlos Gardel, Piaf, Sinatra... Por que a escolha por esse tipo de homenagem? É uma identificação com o trabalho desses artistas?
BIBI – Não digo que seja uma identificação com o trabalho, não. Porque eu não sou tão importante como essa gente toda foi, não sou mesmo, tão importante quanto a Piaf, quanto o Sinatra, Gardel, não. Eu sou uma pessoa, uma brasileira, que nasceu no Rio de Janeiro e tal. Ao contrário. Eu acho que poder reverenciar Piaf, Gardel, Sinatra, a honra é toda minha. A honra é minha em poder levar para o público um espetáculo correto desses grandes artistas.
OP- Teve alguma coisa que aconteceu nesses 75 anos de carreira, Bibi, que você preferia que não tivesse acontecido?
BIBI – Nunca pensei assim. Não lembro de nada que tenha acontecido que eu não gostaria. Não sei, não tenho. É difícil procurar. Sabe o que é você sair de cena e dar de cara com a Liza Minnelli te abraçando e te beijando e agradecendo por você cantar o repertório da mãe dela? Enfim, eu só tenho coisas boas a contar. Como você disse, você procurou por todo lado uma crítica (negativa), mas não tem. Pode ser que venha agora, aqui em Fortaleza! (risos)
OP - De onde vem essa força que a gente vê na senhora? Aos 94 anos, 75 de carreira, e continua ativa, altiva...
BIBI – É fácil de explicar. Porque eu não sinto que tenho essa idade toda. Eu sei que é muita coisa, 94, mas os rapazes que estão aqui (na sala) não devem estar vendo uma velha caquética, né? Estão vendo uma senhora que está falando aqui, respondendo a uma entrevista séria, e a coisa é mais fácil do que a gente pensa.
Pelo menos eu levo a vida assim, na simplicidade. E o que me levou avante na vida foi, como eu falei, a minha mãe, que sempre me quis muito ocupada.
Ocupada por que? Porque hoje o produto deu certo. Os meus maestros gostam muito de conversar comigo porque eu não digo “aquela coisa”, “aquilo lá”. Não, tudo tem nome. Porque eu estou no mesmo nível de um maestro, eu falo no mesmo tom do maestro.
OP - A senhora como pesquisadora da música, como disse, tem escutado o que tem sido produzido na música brasileira atualmente?
BIBI – Você deve compreender que ouvir, eu ouço. Agora, guardar o nome e tudo isso é mais difícil.
OP - Mas a senhora gosta do que escuta?
BIBI – Se eu gosto? Claro que eu gosto, e mesmo se eu não gostasse, eu não ia ser boba de dizer aqui que eu não gosto (risos). Claro que eu gosto. Mas uma coisa muito bonita que me tocou muito um outro dia, muito mesmo, eu estava assistindo televisão, como assisto constantemente, e gosto, e eu vi a homenagem que Leonardo fez para Leandro. Eu fiquei comovida às lágrimas.
Sozinha ali no meu quarto, com meu gato em cima no meu colo, e ali eu fiquei relembrando o grande sucesso que tinham sido os dois jovens juntos. E foi tão bonita a homenagem que um irmão prestou ao outro irmão. Que em vez de aquilo ficar triste, ficou apoteótico, bonito, pra cima. De ter um jovem como esse que sabe reconhecer, enfim, o público que o irmão teve junto com ele. Isso me tocou, porque foi assim um anel glorioso de compreensão, de amor, de tudo. E eu disse: eu estou nesse anel, eu estou nisso, porque eu estava do lado de cá muito emocionada. Então, eu disse, um dia, quando eu tiver num programa de televisão eu gostaria de elogiar o Leonardo e agradecer a ele o que ele fez naquela festa tão bonita sobre o irmão. Posso usar o seu jornal?
O POVO – Claro!
Bibi – (ela olha diretamente para a câmera, como se falasse com Leonardo) Então, um beijo grande.
O POVO - Dona Bibi...
Bibi – Não vai tirar o dona? Já está tão adiantado... (muitos risos)
O POVO – Meu Deus, eu tô tentando (em tom envergonhado)
Bibi – Então tá...
O POVO - Existe nesse momento uma discussão muito grande sobre o real papel da mulher na sociedade, as conquistas femininas, as lutas... (ela interrompe)
Bibi- Eita... bobagem, bobagem.
O POVO – A senhora se engaja na luta feminista? Como a senhora observa essas discussões?
Bibi – Não, não... Acho tudo muito natural. Meu Deus do Céu, a mulher quer mais do que tá fazendo? Não pode! Tá bom, tá muito bom. Deixa como está pra ver como é que fica. Não, eu não me engajo não, porque não acho que tenha nem valor poético, nem político, nem artístico, nem nada. É uma questão da vida (enfática). Natural isso vai adiante. Vamos ver onde é que chega.
O POVO - E sobre parar, Bibi?
Bibi - Ah, não, parar, não. Parar só se for uma questão física imponderável, uma coisa que realmente aniquila você. Mas parar, não... Não tenho razões pra isso, não. Eu hoje estou aqui, estou em Fortaleza, um bocado longe da minha família. Três horas de avião é duro. Mas estou aqui com boa vontade, em pé, com roupa bonita. Roupa nova por sinal! Roupa nova pra estrear aqui (risos). Esperando que meu maestro chegue – ele está ensaiando a Orquestra em Teresina, onde nós iremos a seguir. Ele está ensaiando a orquestra e chega hoje à noite para ensaiar comigo. E amanhã temos outro ensaio antes da estreia.
O POVO - A senhora ensaia rotineiramente?
Bibi - Ensaio, sim. Ensaio porque é necessário que eu esteja bem á vontade com o entrosamento dos músicos. Os músicos se entrosarem é difícil. Quando você sente que o quinteto, ou o sexteto, ou a orquestra, se abraçou, aí é um momento lindo. Aquele timbre é um só, pá! É aquele lá bonito, aquele lá natural. Então, você sentindo aquilo, você sente que tá bem acompanhada.
O POVO _ Assim que chegamos aqui a senhora sugeriu que perguntássemos também sobre a sua medalhinha, seu pingente, do Sagrado Coração de Jesus, e afirmou que era muito religiosa. Qual sua relação com a religião. A senhora acha que vivemos tempo de muita intolerância em relação a isso?
Bibi – Eu acho que cada um tem o seu jeito de ser, o seu jeito de sentir e o seu jeito de levar a vida. O que vou dizer pra vocês, pode ser tomado como bobagem, mas é um negócio muito bonito: eu não durmo sem rezar. E o mais bonito é que nós rezamos em conjunto. A minha assistente, mais a minha empregada, mais o meu empregado Jorge. Quando a gente tá em casa e vai chegando a hora de dormir a gente se reúne e apenas recita uma Ave Maria e dois Padre Nosso. Nós fazemos isso toda noite. Se a pessoa é espiritualista, mais razão para ela achar as palavras do Pai Nosso lindas. E é lindo que todas essas religiões todas se encontrem. No próprio meio, quando eu junto um empregado, um amigo, um assistente e nos reunimos, cada um tem a sua religião, seu modo de pensar. No fundo tudo está aqui (coloca a mão no coração). No seu sagrado coração, não é só o de Jesus, é no seu próprio.
O POVO _ A senhora ainda se emociona quando sobe ao palco, mesmo com 75 anos de carreira?
Bibi – Sempre. Sempre. Não é me emociona não, é um medo danado. Um medo terrível. Eu estou ali e fico... (pigarreia repetidas vezes), fico cheia de coisa na cabeça, sei lá o quê. (Tem um pequeno engasgo). Olha, tá vendo, só de falar eu fico assim, eu já engasgo, já pego coisa pra tomar, invento coisas. Aí de repente eu viro e digo: Ih, meu Deus, tô virando estrela! (dá uma gargalhada). Tô indo embora como uma estrelinha que vai pro céu. E é verdade. Eu fico muito preocupada com a qualidade que eu vou dar pro público. Eu tenho que estar perfeita de corpo e alma, barriguinha pra dentro, voz pra fora e alegria pra dar. É isso que eu faço. Queria agradecer a vocês pela entrevista, muito obrigada. Muito obrigada mesmo porque eu sei que isso fica gravado ad eternum, em latim, hein, chique! Muito obrigada!
PERGUNTA DO LEITOR – Hertenha Glauce, atriz e diretora de teatro
A senhora ainda tem alguma coisa que ainda deseja realizar na sua carreira artística, ou já se sente realizada, já fez tudo o que deseja?
Bibi – Eu acho que a gente nunca faz tudo. A gente nunca chega a fazer tudo o que a gente quer. A gente não chega ao âmago do sentimento das pessoas, muito menos ao âmago do povo, do público. Mas eu quero que você saiba que essa ansiedade é que nos deixa onde nós estamos. É quem nos dá o chão pra gente pular e ir pra cima, mais alto ainda.
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