Carlos Andreazza 27/06/2016

As convicções que movem o editor da direita

Editor de um nicho pouco explorado no mercado editorial brasileiro, Carlos Andreazza fala em "hegemonia de esquerda" na literatura e defende a necessidade do contraditório
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Daniel Duarte politica@opovo.com.br

Carlos Andreazza é, hoje, editor-chefe do Grupo Editorial Record, mas não é um editor comum. Fez nome, seu e da editora, ao explorar um mercado pouco representado no Brasil de edição de livros políticos e filosóficos de cunho liberal-conservador. Autores e ideias pouco representadas no mercado editorial brasileiro ganharam espaço em prateleiras e têm ocupado, com frequência, estantes de “mais vendidos” nas livrarias do Brasil.

 

Estigmatizado, em suas palavras, como “editor de direita”, nega que a classificação seja essencial. É homem “do confronto, do dissenso e do contraditório”. É “liberal-conservador”, não nega. Mas a alcunha de “direitista” só o mantém “convicto” de que está “incomodando”. E pretende continuar a fazê-lo, apostando no diverso. Confira os trechos principais da conversa de Carlos Andrezaa com O POVO, quando da última passagem dele por Fortaleza, em 27 de maio.


O POVO - O senhor já tinha ambição, profissional ou ideológica, de se tornar editor e explorar o campo de obras liberais e conservadoras quando entrou no mercado?

CARLOS ANDREAZZA - Quando comecei não tinha nenhum projeto, nenhuma ambição profissional. Em certo sentido, eu tinha uma vocação para me acomodar. Mas quando fui convidado pela Record, percebi que tinha ali a chance da minha vida e estudei aquele ambiente para o qual estava indo. Identifiquei uma demanda reprimida de livros liberais e conservadores que estavam, embora muito bem editados, sem circulação, e que eu poderia dar visibilidade, publicidade e alcance nacional pra esses autores. Infelizmente, não tenho muita concorrência. É engraçado isso, e muito sintomático do que é o Brasil. Os livros funcionam, eles são bons, dão certo, vendem muito, mas as pessoas não publicam por questão ideológica - o que é uma bobagem. Você tem que publicar tudo, todo mundo. Tem que ser plural, tem que dar voz às pessoas que merecem ter voz em um ambiente público. Não fazer isso é, em certo sentido, jogar contra a função do editor, que tem que trabalhar o tempo todo pela pluralidade, pela diversidade, pelo contraditório, pelo dissenso. O editor que fica na zona de conforto publicando o que os pares querem, para agradar a academia, pra agradar os professores, os jornalistas e a patota, não está fazendo o que o público consumidor deseja. E eu tenho a pretensão de fazer o que o público consumidor quer.

 

OP - Por formação, jornalista. Porém, nunca trabalhou na área. Por que decidiu entrar no mercado editorial?

ANDREAZZA - Eu sempre gostei muito de livro. Sempre fui um leitor. A minha casa sempre teve muitos livros. Era uma coisa normal. Quando chegou a hora de escolher a faculdade, pensei nas possibilidades que apareceram pra mim. Pensei, por um tempo, em ser advogado, mas me decidi pelo jornalismo. Eu queria estar perto do texto e essa era uma carreira que permitia me manter próximo desse meu gosto pela literatura, pelos livros, escrever, exercitar a escrita, então fui pelo jornalismo. Mas nunca achei que tivesse uma vocação para isso, para ser repórter. Sempre tive uma admiração imensa pela reportagem, mas não era algo pelo qual me sentia atraído. 

 

Entrei como estagiário em uma editora dos pais de um amigo e nunca mais saí desse meio. Durante algum tempo eu me ressenti de não ter trabalhado numa redação, de não ter trabalhado como jornalista. Mas com o tempo isso foi passando. Primeiro porque eu, hoje, tenho clareza para o fato de que eu não tinha vocação, não seria um bom repórter. Talvez eu fosse um bom redator, mas não seria um bom repórter -- e acho reportagem a área nobre do jornalismo. Por outro lado, como editor, eu pude saciar esse meu gosto pelo jornalismo publicando jornalistas. A gente tem uma linha lá na Record, muito bem sucedida, de livros de reportagem. E, editando esse livros, lidando com esses autores, cuidando disso, eu resolvi, de alguma forma, essa minha carência anterior. Eu não me programei, não tinha projeto para ser um editor. Eu me tornei. E acho que é realmente o que sou. Independente de que área esteja atuando, no mercado de livros, preferencialmente, que é o meu; mas na televisão, no jornal, se eu tivesse que exercer algum, mudar de lugar, eu seria editor. É o que eu sei fazer, é aquilo que eu tenho jeito, eu acho, se isso existe.

 

OP - Mas essa pretensão veio de um desejo de ocupar espaço esquecido e financeiramente oportuno ou de ambições pessoais, políticas e ideológicas

ANDREAZZA - Como editor e homem de mercado - e eu sou um homem do livre-mercado; estudo mercado e identifico nichos de sucesso -, vi, claramente, falando só de questão econômica, de comércio, que havia um nicho que estava sub-explorado. Não é uma questão pessoal: é o que considero ser o papel do editor. Concordando ou não com as ideias que publico, o fato é que essas ideais precisam ser veiculadas. É um absurdo que o Olavo de Carvalho estivesse sub-editado, por exemplo. O editor não é o autor que ele publica. Eu não concordo obrigatoriamente com as coisas que o Olavo publica, ou que outros autores que edito pensam. Isso não está em questão. O importante é que o editor reconheça que existe uma voz ali que precisa ter espaço, e que não tem. Se fosse o contrário, seria da mesma forma. É um erro grave o editor operar de acordo com seu gosto. Por acaso eu sou um liberal. Mas, justamente por eu ser um liberal, se houvesse hegemonia do que se chama de “direita”, eu estaria certamente investindo no contraditório. Esse é o papel do editor.

O resto é política.


OP - Quando o senhor afirma que não há “hegemonia de direita” alega que há uma de esquerda no mercado editorial?

ANDREAZZA - Claro. É uma hegemonia de pelo menos 50 anos, consequência da ditadura militar que, terrível como toda ditadura, nunca se preocupou com o ambiente da cultura. E, aos passos de Antonio Gramsci, o espaço foi ocupado. É legítimo o sujeito, dono de uma empresa privada, de uma editora, publicar Karl Marx, por exemplo, se quiser. Ninguém tem nada a ver com isso. A questão é que é lamentável que só houvesse isso, e que os autores como Olavo e os liberais e conservadores clássicos, como (Ludwig von) Misses, (Milton) Friedman e (Friedrich) Hayek não fossem editados por grandes casas. Evidente que havia uma hegemonia e que nós estamos, somente agora, começando a quebrar. Não quero que ninguém aplauda o trabalho que estou fazendo na Record não, mas que reconheça que ele é importante; que é um sinal de que, o Brasil, um país muito doente, tem chance de se reequilibrar ideologicamente; que os pensamentos podem conviver e que é possível investir no contraditório, no dissenso. Eu faço um trabalho amplíssimo, como já disse, investindo em reportagem, jornalismo, em ficção brasileira, em autores ficcionais, literatura brasileira jovem e estreante. Mas sou estigmatizado como “autor de direita”. É uma tentativa de diminuir o trabalho que a pessoa faz, mas também uma comprovação de que eu não seria um “editor de direita” se as coisas não estivessem dando certo. Esse estigma é sinal de que estou incomodando.  

 

OP - Essa hegemonia se manteria por haver menos espaço para autores liberais ou porque as obras deles estão em menor número e apresentam menos relevância?

ANDREAZZA - Há um desejo da esquerda de aniquilar a ascensão organizada da direita. O Brasil é o único país relativamente civilizado em que isso acontece. Em todas as democracias sérias do mundo, você tem esquerda e direita se confrontando, sem querer destruir um ao outro. (Nos EUA) os democratas não querem acabar com os republicanos, por exemplo. Há antítese. Sabem que é da ordem da politica a necessidade de que o outro exista. No Brasil, não. O outro gera pavor, pânico. O editor é um educador e, como tal, o que nós temos que fazer é defender a necessidade do contraditório, de que o equilíbrio é importante. Mas é difícil: a vontade de aniquilar o outro é muito grande. Eu publico tudo, inclusive autores de esquerda. Tenho um compromisso com a pluralidade. Mas é que, antes, só havia autores de esquerda. De modo geral, essa hegemonia permanece. Ela está nas redações, nos editores, nas universidades. Então, não há equilíbrio ainda: há uma busca por equilibro e a compreensão incipiente de que o equilibro é necessário. Nós estamos começando a discutir e confrontar isso. Mas, a rigor, apenas iniciando esse movimento. Ainda temos um longo mar a atravessar -- não nos iludimos.

 

OP - O mercado editorial brasileiro, hoje, é bastante concentrado em algumas grandes livrarias. Há uma certa mudança com o crescimento da Internet e a chegada da Amazon ao Brasil. Como o senhor avalia o mercado no País?

ANDREAZZA - O livro físico é barato no Brasil. Muito barato. A editora subsidia o preço do livro. Não é um preço real. Eu sou a favor do aumento do preço do livro e trabalho por isso. O que ocorre é o seguinte: nos últimos anos, o editor se tornou, nesse processo, o único que corre risco. Ele financia o mercado. Ele não tem sócio. A livraria, que comprava livros, hoje os pega em consignação. Então, a gente faz uma tiragem de 3 mil exemplares -- que é tiragem média. Vamos supor que vão todos para a rua, lembrando que “consignado” não quer dizer “vendido”. Você não tem acompanhamento preciso desse giro na ponta, de quanto está vendendo. Assim, você não reimprime, por um postura conservadora. Se a livraria não vendeu, problema não é dela. Ela devolve o livro a você. Se vendeu, só vai te pagar daqui a 20 dias, com sorte. É uma situação muito difícil para o editor. Ele está correndo o risco sozinho nessa operação e financiando o livreiro com o preço do seu produto baixo. O livro custa sempre R$ 39,90 há dez anos. E eu sei quanto custa pra produzir um livro.

 

OP - E quanto custa?

ANDREAZZA - Vou dar um exemplo comparativo, falando de cultura. Você vai em qualquer supermercado e compra um vinho francês por R$ 60,00. Pode ser ruim, pode estar avinagrado e você pode não gostar dele, mas você não questiona o preço, porque é francês. Aí, vem na sua cabeça toda a cultura e processo de preparação do vinho -- o plantio, o cultivo do “terroir”, a colheita. Esse valor agregado, esse ambiente cultural, faz com que você não questione o preço. Só que a cadeia do livro é igual. Ou mais complexa. Você tem tradutor, revisor, copydesk, editor, imprensa, marketing, tinta, papel, cola. É uma cadeia produtiva muito grande. E isso se torna ainda mais caro com essa tiragem menor. Quer dizer, você tem um público consumidor menor, produz menos livros e o preço para produzir aumenta. A única maneira de se baixar preços de livros, orgânica e consistentemente, é aumentar a cadeia de leitores. Enquanto você tiver um público leitor pequeno, o preço unitário do livro vai ser alto. Não conseguimos comunicar, para o público leitor, todo o processo, o quanto é difícil, como tem inteligência e custo envolvido ali. A pessoa acha que o livro cai da árvore. Que o editor nem existe. Então, acha que tem que custar R$ 10,00. Fora que a margem de lucro das livrarias é muito alta. O que sobra pra editora é por volta de 15% a 20% do valor. Que mercado se sustenta com livros a R$ 29,90? Temos que repensar isso -- e também no sistema de consignação. A Amazon é a única que compra os livros. É uma excelente parceira. Só tenho elogios à Amazon. A entrada dela no Brasil foi maravilhosa, até agora. Não tenho um ‘ai’ pra falar. Compra e paga no dia combinado.  

 

OP - Como o senhor, editor, colunista e comentarista político, se define, por sua composição ideológica?

ANDREAZZA - Sou um liberal. Ou seja, um homem que acredita na liberdade individual. É aquilo com que me preocupo: com a garantia das liberdades individuais. Isso é fundamental. Todos os direitos e deveres pressupostos. Mas, depois que me tornei pai - vai fazer um ano que sou pai -, eu tenho me tornado cada vez mais conservador. Então, sou um liberal que tem se vestido, aos poucos, de conservador, porque sou pai. E ser pai é ser conservador. O sujeito que é pai e não se torna um pouco conservador ou não admite que é conservador é um canalha. Acho que o Estado tem que ser o mínimo possível. Não tem que ter empresas. Sou a favor da privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal... Sou um homem do Estado mínimo. O Estado sempre atrapalha, mesmo quando o governo é bom atrapalha. O governo é sempre um entrave – em escala maior ou menor, mas é sempre um entrave. Eu quero menos Estado na minha vida. Mas eu entendo que existem coisas que devem ser de responsabilidade do Estado. Basicamente, educação, saúde e segurança. Esse tripé. Funções sociais do Estado, que a iniciativa privada pode concorrer, como já acontece, mas que, a rigor, é função do Estado. De resto, quanto mais iniciativa privada, melhor. 

 

OP - Qual a sua avaliação do governo de Michel Temer, com todas as crises envolvendo políticos ligados ministérios? De que lado o senhor está?

ANDREAZZA - O Michel Temer e o governo Temer é problema dos brasileiros. De todos nós. Mas a responsabilidade é do PT. É do Lula. É da Dilma. Eu não votei nesses caras. Não votei na Dilma ou no Temer - e quem votou nela, elegeu ele. Aparecia o rosto dele na urna. Quem escolheu a dedo o candidato vice-presidente eleito e reeleito Michel Temer foi o PT. Eles foram obrigados a fazer uma aliança? O PT foi obrigado a se aliar ao PMDB pra disputar eleição? Não creio. Então, nós estamos pagando um preço terrível por um governo que troca de pele. Mas que, pra mim, é o mesmo. A mesma cultura, os mesmos mecanismos. A mesma compreensão do que seja máquina publica, e a mesma compreensão de para que e a quem ela serve.

 

OP - Testemunhamos, na transição de governo, um vai e vem do ministério da Cultura. O senhor acredita que o governo deve influenciar a produção cultural?

ANDREAZZA - Não. Nem entro no mérito do incentivo. Acho que não precisa. Pode haver produções que necessitem disso, mas me incomodo com a contrapartida: você financia um produto cultural, o produtor se remunera, o filme chega ao cinema, e ninguém vê. Para o público, tanto faz. E o produtor não precisa se preocupar em agradar: já resolveu sua vida. Não vejo as pessoas produzindo cultura pensando no público -- e isso cresce ainda mais com financiamento estatal. Pensa-se em prêmio, dinheiro, em agradar a crítica, e o último pensamento é no impacto que aquele troço vai ter sobre o público consumidor. Então, o que me interessa, financiado ou não, é que o artista produza para o entretenimento. O entretenimento foi marginalizado no Brasil. A cultura precisa de ministério da Cultura? Eu acho que não. É um problema o Ministério ter voltado? Também acho que não. Demos muita importância pra uma coisa que é menor. O fato de ter tido essa reação tão extraordinária e violenta é significativa de que o Estado triunfou. O Estado está presente em todos nós, o tempo todo. Caetano Veloso falou isso. ‘O Ministério da Cultura não tem dono: é do Estado brasileiro’. É exatamente esse o problema. É essa ideia de que o Estado precisa interferir em tudo. Isso não é bom. Nada é mais representativo da cultura estatista brasileira do que a cultura. É muito simbólico que isso esteja acontecendo, que tenha havido essa reação toda. O Brasil quebrado, um país quebrado, trocando de governo, e as pessoas preocupadas com o Ministério da Cultura? Na verdade, a preocupação ali era a defesa das garantias do Estado. Não era produção cultural que estava sendo defendida ali. A produção cultural não depende de Estado. Mas as pessoas dependem. A reação à anexação -- e não ao fim, porque os mecanismos que eram do Ministério da Cultura estão previstos por lei, eles não acabariam com a extinção dele -- é muito sintomática: nada tem mais dono no Brasil do que a cultura. Nada. É o patrimonialismo. São os mesmos donos. São poucos.

 

OP - Quem seriam?

ANDREAZZA - Você abre um jornal e vê. Está todo mundo lá.

 

Você tem que publicar tudo, todo mundo. Tem que ser plural, dar voz às pessoas que merecem ter voz no ambiente público.


O Brasil quebrado, trocando de governo, e as pessoas preocupadas com o ministério da Cultura?

 

PERGUNTA DO LEITOR


Fabiano Landim, advogado e estudante de Filosofia

PERGUNTA - Existe uma ascensão na literatura ficcional hoje, no Brasil, ou ela continua insignificante - ao se considerar a literatura de ficção de outros países?

ANDREAZZA - O melhor campo para o exercício do contraditório e para estabelecimento de ideias novas, é a ficção. Mas o Brasil vive, também nos últimos 50 anos, uma crise de imaginação. A literatura se voltou para si, para agradar a academia, agradar o crítico literário; fechou-se para falar só com os pares. É uma literatura autorreferente, angustiada, fumaçada, que fala pra dentro. A literatura brasileira era, até os anos 60 e 70, riquíssima em trama, em narrativa, em transposição da realidade para a literatura, com personagens riquíssimos -- que é justamente o que forma a leitura. Nós abrimos mão disso de tal maneira que hoje não sabemos mais nem como recomeçar, nem como reencontrar o leitor.


Tenho feito um esforço muito grande de publicar - o que é até piada, uma provocação - literatura para o leitor, aquela leitura que a doença do sistema e da academia brasileira transformaram em literatura menor, marginal, quando, na verdade, é a grande literatura. É a literatura do Stendhal. É a literatura do (F. Scott) Fitzgerald. Então, estou investindo em romances históricos, em literatura de aventura.

 

Perfil

Carlos Andreazza, 36 anos, é editor-chefe do Grupo Editorial Record. Carioca “da gema”, nasceu em Botafogo e viveu “a vida inteira no bairro da Lagoa”. Hoje, mora em Ipanema, “perto da praia”, com sua esposa Carolina e sua filha Manuela. Formou-se em Comunicação Social - Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e trabalha desde os 20 anos idade no mercado editorial. É neto de Mário Andreazza, que foi destacado e influente ministro de três governos na época do regime militar.

 

Veja entrevista em www.opovo.com.br

espaço do leitor
27/06/2016 10:28
Só no Brasil, o sujeito se define como "liberal-conservador". Hahaha. Pudera, aqui em termos de identidade ideológica reina a indefinição, ninguém sabe quem é o que. Lá fora liberais e conservadores não se bicam.
Lúcio de Lavôr 27/06/2016 09:14
"O livro físico é barato no Brasil.Muito barato." Pode até ser verdadeira essa afirmação, mas e o salário mínimo é quanto?E a condução?E a gasolina?E a alimentação?Cerca de 70% dos nordestinos recebem salário mínimo.VÃO COMPRAR LIVRO COMO, XARÁ?
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