A escolha da profissão se dá logo cedo. E essa etapa tem papel determinante na formação do aluno. Rebeca Soares, aluna do 3º ano de engenharia civil do ITA diz que, quando adolescente, ouviu uma frase sobre uma instituição que era considerada “a melhor em formar engenheiros no País”. “Disseram que havia muitos projetos a serem desenvolvidos, fazendo coisas boas e contribuindo para o crescimento do aluno”, lembra.
Ela afirma que conviver num ambiente predominantemente masculino é complicado.
“É bem difícil estar no ITA sendo mulher”, afirma. Ao ouvir críticas, a estratégia de Rebeca é responder da forma mais concreta: com resultados. “A minha resposta é dada com bons resultados nas provas. Entendo que há grupos que querem mudar a postura retrógrada de alguns setores do ITA”, ratifica.
Vontade de retornar
Sobre o futuro, Rebeca pensa em voltar para o Ceará. No momento, irá atuar em empresa de cartões de crédito com sede em São Paulo. “Aqui (no Ceará) tenho casa, família, amigos. É o local ideal para morar”.
Alyson Fernandes, do 4º ano de engenharia da computação, diz que o incentivo para ingressar no ITA partiu de um professor de Física, aliada à vontade de ajudar a família. “Meus pais são do Interior do Ceará. Um professor havia me perguntado se eu não teria interesse em fazer a prova do ITA. Acabei passando”, comenta. Voltar se tornou um objetivo de vida. “Quero voltar para ajudar nossa região que é menos desenvolvida no comparativo com outros estados. Para isso, não podemos ficar à mercê de oportunidades”. (Átila Varela)
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