Com potencial de fomentar negócios com impacto de R$ 1,1 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) estadual em até 30 anos, o Ceará se consolida como um hub na área de telecomunicações. São sete cabos submarinos de fibra óptica em funcionamento e cinco em negociações. Além de um em implantação, o Monet, da multinacional Angola Cables, que chegou ontem a Fortaleza. Se todos os projetos se efetivarem, Fortaleza passará a ter 13 cabos, o maior número de conexões da América Latina.
O Monet vai interligar a capital cearense a Santos (São Paulo) e a Miami (EUA). “Ceará e Fortaleza passam a ser uma espécie de hub de conexões com o mundo e também uma grande referência na área de tecnologia. Este será um marco fundamental para abrir novas perspectivas para atração de outros empreendimentos”, afirmou o governador Camilo Santana.
Além do Monet, previsto para entrar em operação em 2017, a Angola Cables vai fazer um segundo cabo submarino South Atlantic Cable System (SACS), que interligará o Brasil a África; duas estações terrestres que acolherão os dois cabos; e a implantação de um Data Center de 3 mil m² na Praia do Futuro. O investimento total do projeto é de US$ 300 milhões.
Outros quatro projetos também estão em negociação para implantação na Praia do Futuro, informou o secretário do desenvolvimento econômico de Fortaleza, Robinson de Castro. Destes, os que estão em fase mais adiantada é o cabo submarino que o grupo chinês Huawei e a camaronesa Camtel pretendem trazer para interligar Fortaleza a China, passando por Kribi, no Camarões. Na última reunião, em junho, também foi levantada a possibilidade de o grupo instalar uma base operacional na Cidade.
Já Embratel tem parceria com espanhola IslaLink para a construção de um cabo submarino que ligará América do Sul e Europa. Existem ainda os projetos da América Móvil (Brasil – América Central – EUA) e o do consórcio formado pela Alcatel, Lucent e Seaborn para fazer a ligação Nova York - Fortaleza – São Paulo.
Robinson destaca que, para além da ampliação da estrutura de cabeamento, o que o Município quer é incluir nestas negociações o compromisso de instalação de bases operacionais, a exemplo do que foi feito com a Angola Cables, que tenham capacidade de fomentar novos negócios.
“O cabo por si só não deixa negócios em Fortaleza, o que gera negócios são data centers, empresas de informática, de telecomunicação, de produção de conteúdo. E a gente quer também atrair estas empresas para cá”, afirmou o secretário fazendo referência ao Parque Tecnológico da Praia do Futuro, oficializado em junho, que tem como âncora o data center angolano.
O secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), Inácio Arruda, explicou que a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), que já firmou um termo de cooperação com a multinacional angolana, também está em negociação com a Amazon para o desenvolvimento de data center e serviços de nuvem no Ceará, bem como o fomento a programas de empreendedorismo e a criação de iniciativas educacionais. A Intel também está no radar do Estado.
Cabos
Já instalados em Fortaleza
- Atlantis 2 (consórcio liderado pela Embratel)
Unisur (consórcio liderado pela Embratel)
- Americas 2 (consórcio liderado pela Embratel)
- LANautilus (Telecom Italia)
- SAM-1 (Telefonica)
- SAC (GLobal Crossing)
Globenet (Oi)
Em instalação
- Cabo Monet (Angola Cables)
Em negociação
- SACS (Angola Cables): ligará Brasil e África
- América Móvil: Brasil-América Central-EUA
- Alcatel, Lucent e Seaborn: Nova York- Fortaleza – São Paulo.
- Camtel e Huawei: Brasil-Camarões-China
- Embratel e IslaLink: América do Sul-Europa
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