O Governo do Ceará firmou Memorando de Entendimento (MOU) com a empresa coreana Korea Gas Corporation (Kogas) para a instalação de uma unidade fixa de regaseificação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). A assinatura se deu em Seul, capital da Coréia do Sul, na última sexta-feira, 9.
Com a assinatura, a Kogas decide participar junto com a Cegás e com o Grupo Posco E&C e Daewoo do projeto da unidade de regaseificação no CIPP. A iniciativa, avaliada em U$ 600 milhões, terá capacidade total de 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, e possivelmente será desenvolvida em duas fases de 6 milhões de metros cúbicos cada.
A infraestrutura servirá para abastecer as empresas que se instalarem na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE). Antonio Balhmann, assessor Especial para Assuntos Internacionais do Governo do Ceará, que esteve em Seul como representante do Governo do Estado, afirma que a unidade será a base para avançar com o gás até o Cariri cearense no futuro, tendo a Transnordestina em Brejo Santo como a base da distribuição do gás para aquela região.
O Memorando foi assinado pelo Governo do Estado; pelo presidente da Korea Gas Corporation, Seung Hoon Lee; e pelo vice-presidente da Kogas, Su-Seog Koh.
Viabilidade
Segundo Balhmann, o Estado tem investido em infraestrutura, como é o caso da usina de regaseificação, para atração de novos investimentos para o Ceará. “Há menos de 10 anos, o Ceará praticamente não gerava sua própria energia, ou seja, ela era gerada em outros estados. Nesse tempo, o Ceará investiu bilhões de dólares em geração de energia, incluindo eólica, gás e carvão”, diz.
Hoje, o Estado é o terceiro maior gerador de energia de fonte eólica do País, perdendo para Rio Grande do Norte e Bahia. Porém ainda possui outras fontes de energia como as térmicas. O assessor Especial para Assuntos Internacionais do Estado justifica a utilização de outras matrizes energéticas afirmando que embora tenhamos uma unidade de regaseificação da Petrobras, o Ceará ainda precisa de infraestrutura desta fonte energética para apoiar os projetos de desenvolvimento do Estado, “inclusive a própria ZPE Ceará”.
Conforme Balhmann, o governador Camilo Santana decidiu trabalhar na implantação do terminal de regaseificação de GNL onshore no Porto de Pecém, por considerar a infraestrutura de gás estratégica para o crescimento do Estado. A implantação da usina de regaseificação atenderá prioritariamente o áreas industriais e comerciais do Estado.
Encontro
Além disso, o Governo foi à Federação das Indústrias da Coréia do Sul (FKI) para apresentar a ZPE Ceará e a carteira de projetos de ativos do Estado, objeto do Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas. A FKI possui cerca de 500 empresas associadas.
Números
600 milhões de dólares é o investimento na unidade
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