Inovação 19/02/2016

Uma questão de sobrevivência em épocas de instabilidade

As marcas que quiserem se manter no mercado têm que inovar. Muitas delas conseguem se reinventar de tal forma que mantêm ou até aumentam seus preços. Exemplos são Naturágua, Boticário e Maresia
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Beatriz Cavalcante beatrizsantos@opovo.com.br
DIEGO CAMELO EM 24/4/2015
Clientes redirecionam seus desejos de consumo impulsionados por boas estratégias de persuasãodas marcas


Se o produto agrada, o consumidor que faz de tudo para economizar não hesita em tirar o dinheiro do bolso para comprar. Por trás desse desejo de consumo estão estratégias de publicidade e propaganda e de reposicionamento de marca. Assim, vendem mesmo sem precisar baixar o preço. É a arte de se reinventar na crise. Uma questão de sobrevivência.

 

Atrair o pai pelo olhar da criança vale. A estratégia pode não ser nova para as marcas de refrigerante, mas para as de água sim. Um exemplo de reinvenção nessa época de crise sem precisar baixar o preço é o que a Naturágua fez. As garrafas de 500 ml têm tampas que viram peças de montar.


“O adulto que faz a compra estará altamente influenciado pela criança e, no mercado de água engarrafada, que não tem muito diferencial, a Naturágua consegue se destacar e fidelizar o cliente”, explica Aldonso Palácio, diretor da Relevante Comunicação.


A companhia ainda coloriu garrafões e oferece serviço de entrega em domicílio com uso de aplicativos para dispositivos móveis. “É inovação no produto e na distribuição. A inovação é uma condição de sustentabilidade. Na crise, vira questão de sobrevivência”, diz Chico Neto, professor de publicidade e responsável pela gestão da marca Universidade Federal do Ceará (UFC).


Case de mercado são as estratégias da construção civil. Palácio diz, sem citar nomes, que construtoras de Fortaleza partem para o contato direto com o consumidor. E mais uma vez a tática em fidelizar o cliente aparece. O interessado em comprar imóvel é levado a realizar seu cadastro na página da empresa. A construtora tem em mãos o perfil de quem quer comprar. Tudo a partir daí será personalizado.


Reposicionamento

Outras marcas se arriscam em táticas que não haviam sido utilizadas por ela antes dessa época de recessão do consumo. O professor Chico Neto cita O Boticário que, após décadas de resistência, ataca na venda direta. Ainda a Maresia, que migrou do surfwear masculino ao streetwear unissex. Vale acrescentar que mesmo na crise há espaços para novos mercados e novos players também. “O serviço de crédito NuBank trouxe novidades para o segmento e já possui milhares de clientes. A Rede Globo, com seu serviço de streaming, respondeu e adequou-se a nova forma de consumir produções audiovisuais “, diz.

 

Apostar na atratividade para o consumidor pela qualidade é o que bares e restaurantes de Fortaleza fazem. Anderson Carvalho, diretor comercial do Time Digital, não cita as marcas, mas diz que em vez de vender 100g de picanha, seus clientes investiram em pratos elaborados. “O cliente paga mais para ter qualidade melhor”, avalia.

 

> TAGS: mercado
espaço do leitor
Zé Bob 19/02/2016 10:41
Creio, o consumo nunca deve ser orientado, em princípio, pelo agrado, mas pela necessidade. O consumismo doentio (comprar sem necessidade) deveria ser combatido, não estimulado, como nesta matéria. Em função dele, temos elevados índices de endividamento. Infelizmente, como vivemos em uma cidade onde não há segurança, onde as ruas e as praças não devem ser frequentadas, muitas vezes o consumismo é escolhido como saída, ainda que infeliz.
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