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A delação dos ex-gerentes da Caixa Econômica Federal (CEF) da agência Dom Luís, Israel Batista e David Athila, após serem desligados de seus cargos, foi o que deu início à descoberta, por parte da Polícia Federal, das fraudes nas operações de crédito da instituição bancária entre R$ 20 milhões e R$ 100 milhões, conforme apurou O POVO. Ambos estão presos, juntamente com mais quinze investigados, por meio da Operação Fidúcia da Polícia Federal (PF), que desmanchou o esquema de fraudes entre funcionários da Caixa e empresários do ramo da construção civil na última terça-feira.
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O POVO ainda teve acesso a um e-mail interno da CEF de 17 de julho de 2013, em que o gerente geral da agência Dom Luís, Jaime Dias, pede a Francisco Evandro, gerente geral da Superintendência Regional Fortaleza do banco, o remanejamento de Israel Batista e requere à Auditoria Regional do banco a instauração de Análise Preliminar quanto aos fatos identificados.
“Estarei providenciando a retirada do cargo comissionado de gerente empresarial PJ (Pessoa Jurídica) privado, tendo em vista o alto índice de inadimplência em operações concedidas pelo mesmo em outras agências e pleitos de operações temerárias nessa agência”, diz o e-mail.
Em resposta, Francisco Evandro sugeriu permuta simples do funcionário ou transferência para a agência Senhora de Fátima. Israel acabou sendo desligado da CEF.
Denúncia
Fora do âmbito do banco, O POVO teve acesso à denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) e à PF, em 13 de agosto de 2014, por parte dos empresários Flávio Benevides, William Bezerra, Egberto Bossardi e mais dois que não podem ter o nome revelado por sigilo de justiça, todos sócios da empresa Conde Construções.
Eles acusaram os também empresários Ricardo Carneiro Filho, Fernando Hélio Carneiro e os gerentes Israel Batista e David Athila, de terem feito financiamento de R$ 4 milhoes em nome da empresa Conde Construções, sem autorização de nenhum dos sócios e com falsificação das assinaturas.
“A CEF manteve-se silente quanto à notificação extrajudicial apresentada, dificultando ao máximo a obtenção de qualquer documento de interesse da empresa e de seus sócios”, constava na queixa enviada pelos empresários.
Conforme O POVO apurou, os empresários investigados abriram empresas fantasmas no ramo da construção civil em nome de terceiros (laranjas), para obtenção de empréstimos e financiamentos.
A documentação era enviada para as agências do banco e os empregados, dentre gerentes e superintendentes, concediam os valores. Bens de luxo foram dados como garantia, mas não existiam. O dinheiro foi distribuído entre os envolvidos e “lavado” na compra de veículos, além de imóveis, inclusive, no exterior.
Saiba mais
Um dos presos nesta operação, o empresário Hybernon Cysne já esteve envolvido em outra ação da Polícia Federal, realizada em novembro de 2010.
Na época, Hybernon foi preso, juntamente com mais seis pessoas, por participar de um golpe com contratos fictícios de patrocínio para a Federação Cearense de Automobilismo (FCA).
Foi a chamada Operação Podium, que consistia no uso de patrocínios firmados pela FCA para acobertar desvio de dinheiro usado para a formação de caixa dois destinado à campanhas eleitorais.
O golpe somou R$ 34,6 milhões movimentados entre 2004 e 2008.
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