Os promotores identificaram que, antes das rebeliões de 21 de maio, os portões das vivências estavam quebrados e os internos se instalaram nas chamadas ruas. Em algumas unidades, permaneciam no pátio. O único local das penitenciárias em que o Estado possuía o domínio era a administração. “O agente não poderia entrar para deixar comida, remédios ou fazer limpeza. Tudo ficava a cargo dos detentos”, revela o promotor Humberto Ibiapina.
Para o Ministério Público, o Estado permitiu que os presos ficassem livres nas casas de privação e não forneceu contingente necessário de agentes penitenciários ou armamento, para, nesta época, impedir o domínio dos presídios.
O promotor descreve que se os presos precisavam de 100 quentinhas para a alimentação, havia detentos que repassavam para a administração um número maior que o necessário. “Esse excedente era vendido para o preso que tivesse interesse em comprar a quentinha. O preso comprava de quem dominava a rua, dominava aquele local. Isso capitalizou determinadas facções que se instalaram nos presídios diante dessa permissividade”, explica.
Conforme o relatório, a presença de inúmeros celulares nas unidades penitenciárias, de forma clara, causou a organização dos detentos. Em um dos grupos de WhatsApp, que tinha membros de duas facções criminosas, o Ministério Público identificou que os detentos comentavam que foram avisados pelos agentes de que não haveria visita e começaram a articular o quebra-quebra.
No dia 21 de maio, quando os presos confirmaram que não haveria visita, começaram a se irritar. O estopim da confusão teria sido o uso de spray de pimenta, por parte dos agentes penitenciários, contra as visitas.
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