A existência oficial do Parque Estadual do Cocó é prevista pelo Governo do Estado para começar no dia 5 de junho com anúncio do decreto de criação. Até a mesma data, a Prefeitura elabora projeto de lei para alterar o Plano Diretor de Fortaleza. A intenção é transformar em Zona de Proteção Ambiental (ZPA) duas faixas de dunas que integram Áreas de Relevante Interesse Ecológico (Arie) a serem criadas pelo Estado. Com a mudança, fica proibido construir nos terrenos.
Mosaico final do Parque do Cocó deve ter área de 2,9 mil hectaresConstruções, entulhos e estradas de terra
O modelo de regulamentação apresentado pelo Governo no último dia 14 prevê um mosaico com unidades de conservação. Além do parque estadual, são criadas três Aries estaduais: Dunas da Cidade 2000, Dunas do Cocó e do Rio Cocó. No zoneamento ambiental do Plano Diretor, esta última área já é uma ZPA. As duas primeiras são atualmente parte da Zona de Interesse Ambiental (Zia) do Cocó, com altura máxima de 48 metros para edificações.
A parceria com a Prefeitura e a mudança para ZPA é uma alternativa para reduzir custos. Segundo Artur Bruno, titular da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), o Estado não teria como custear desapropriações e indenizações caso as áreas de dunas fossem incluídas na classificação de parque estadual. Próximos à Cidade 2000 e à Praia do Futuro, o preço do metro quadrado pode extrapolar os recursos financeiros do Governo, explica Bruno.
A abordagem será negociar com os moradores. “Vamos discutir as melhores alternativas. Construções de moradias em áreas próximas, indenizações… A ideia é que não fique nenhuma edificação”, resume o secretário. O diálogo também é prometido para as famílias que vivem na terceira Arie proposta, com extensão de 157 hectares nas margens do rio entre a BR-116 e a avenida Valparaíso, no bairro Conjunto Palmeiras.
Mesmo no zoneamento onde já é proibido construir, o curso do rio que cruza a avenida Deputado Paulino Rocha, no Castelão, acumula casebres erguidos quase no mesmo nível da água. Além da poluição lançada sobre o recurso hídrico, a situação é de risco para os moradores em dias de chuva.
Dicionário
Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie): Área em geral de pequena extensão. Tem pouca ou nenhuma ocupação humana e características naturais extraordinárias. O objetivo é manter os ecossistemas naturais e regular o uso admissível destas áreas.
Zona de Proteção Ambiental (ZPA): Destina-se à preservação de ecossistemas e dos recursos naturais. Permite realização de pesquisas científicas e atividades com fins ambientais. A taxa de ocupação e a altura máxima de edificações são iguais a zero.
Zona de Interesse Ambiental (Zia) do Cocó: Corresponde às áreas originalmente impróprias à ocupação do ponto de vista ambiental, áreas com incidência de atributos ambientais significativos em que a ocupação ocorreu de forma inadequada. A altura máxima de edificações é de 48 metros. Em Fortaleza, outras Zias são na Sabiaguaba e na Praia do Futuro.
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Processo
Somente após fazer levantamento fundiário e resolver a situação de foreiros, proprietários de imóveis e ocupantes, é que a União cede ao Estado o terreno destinado ao Parque Estadual do Cocó.Com cadastramento no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), as peças do mosaico poderão ter planos de manejo elaborados, com definição de atividades e restrições em cada área obedecendo a necessidade de preservar elementos da fauna e da flora.
Aprovação
Enquanto a demarcação do Cocó é submetida no dia 6 de maio à apreciação conjunta de deputados e vereadores na Assembleia Legislativa, o projeto de lei do prefeito Roberto Cláudio para alterações no Plano Diretor de Fortaleza será discutido quando entrar em pauta na Câmara Municipal.Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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