Alto da Paz 25/10/2014

Conjunto residencial deve ser entregue até abril de 2016

Oito meses após desapropriação de terreno, Prefeitura de Fortaleza inicia a construção de conjunto habitacional para a comunidade Alto da Paz. Serão 1.472 unidades que devem beneficiar mais de 1,4 mil famílias
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João Paulo Freitas joaopaulodefreitas@opovo.com.br
FOTO: MAURI MELO
No terreno, no bairro Vicente Pinzon, será construído um residencial com 1.472 apartamentos

 

Os sete filhos de Maryanne Almeida, 40, já sonham com o playground que vai fazer parte do Conjunto Residencial Alto da Paz. Eles e mais de 1,4 mil outras famílias serão beneficiadas com a moradia no bairro Vicente Pinzon. A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Fundação de Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), deu início às obras do residencial ontem. As casas devem ser entregues em abril de 2016. O espaço foi desapropriado em fevereiro.


Com um investimento de R$ 105 milhões para a construção de 1.472 unidades habitacionais, a presidente da Habitafor, Eliana Gomes, garante que todo o recurso servirá para dar à população da comunidade Alto da Paz mais oportunidade de lazer e esporte, principalmente para os jovens. “Será construído também um espaço de convivência com área verde, playground, centro de convívio, dois campos de futebol e pista de skate”, detalha.


A obra é financiada pela Caixa Econômica Federal e pelo Governo Federal, através do Minha Casa, Minha Vida. Todos os apartamentos terão dois ou três quartos, banheiro e cozinha.


O taxista Assis Soares, 52, já avisou para a esposa e os três filhos que a construção da futura moradia começou. Ele lembra que a realidade difícil de antes vai ser superada. “Só tinha barraco, era um por cima do outro. A realidade é que a maioria das casas só tinha um vão para todos ficarem, uma situação desumana”.


O prefeito Roberto Cláudio (Pros) informou aos moradores que, em oito meses, cerca de 400 unidades estarão prontas. “Quem for marceneiro e pedreiro e estiver capacitado para isso poderá trabalhar na obra. Nós queremos dar prioridade para os moradores da área”, frisou.


Impasse

Parte das pessoas que observava os trabalhos da construção garante que a Prefeitura, desde o início, manteve um diálogo com a comunidade. “Muita gente saiu espalhando boato de que a gente tinha sido botado pra fora à força, sem avisar. Mas eu e centenas de outras mães de família participamos das reuniões com a Habitafor”, comenta Maryanne Almeida.

 

Já a costureira Maricléia Duarte, 50, diz que esse investimento é para a construção do estacionamento de uma fábrica próximo ao local. “Nunca ninguém entrou na minha casa para conversar sobre essas casas, saber a minha opinião. O prefeito tá falando que vai entregar isso daqui pra mais de um ano. Daqui pra lá, todo mundo esquece”.


Roberto Cláudio argumentou que o início da construção demorou porque a Caixa só pôde dar entrada no financiamento quando o terreno ficou completamente desocupado, e, segundo ele, a desocupação foi um processo demorado. Eliana Gomes diz que há oito meses, quando começou a desocupação, a Prefeitura conversou com moradores. “No primeiro dia já convocamos uma reunião, mas nem todos iam. E passamos a ter reuniões periódicas com todos para esclarecer que isso era um benefício para eles”, comenta.

 

R$ 105 milhões é o investimento para construção do residencial


1.472 unidades habitacionais serão construídas no local

 

Serviço

Habitafor

Conheça os serviços de habitação de Fortaleza pelo site www.fortaleza.ce.gov.br/ servicos/cidadao ou ligue para o número (85) 3105 1464.

 

Saiba mais


No início de fevereiro deste ano, famílias da comunidade Alto da Paz entraram em confronto com o Batalhão de Choque durante o cumprimento de ordem judicial de desocupação do terreno.


Eliana Gomes comenta que, após a desocupação, moradores foram encaminhados para abrigos públicos e outros foram para casa de parentes.

 

Segundo a Habitafor, as famílias que serão beneficiadas com a moradia são as que assinaram primeiro cadastro com o órgão.


A Habitafor fará posteriormente outro levantamento para convocar novos moradores.

 

Na época da desocupação, alguns moradores da comunidade alegavam que a decisão de desocupação da Prefeitura teria sido tomada sem consultá-los. A Prefeitura destacou que todas as famílias foram notificadas da retirada.

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