Câncer 19/10/2014

Rede Mama busca unir forças para cobrar direitos e políticas

As instituições de tratamento e apoio a pacientes com câncer buscam articulação para lutar pelos direitos e pela qualidade de vida de quem sofre. Papel dos voluntários é também levar a sério o tempo doado à causa
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Thaís Brito cotidiano@opovo.com.br
EDIMAR SOARES
O câncer de mama vitimou o pai de Ana Neta, 46, há quatro anos. Também vítima da doença, ela está pela segunda vez em tratamento na Capital e é acolhida pela Nossa Casa, no Álvaro Weyne

 

Até junho deste ano, quatro instituições de apoio às mulheres com câncer de mama em Fortaleza vinham atuando por conta própria. As entidades (Associação Toque de Vida, Rosa Viva, Associação dos Amigos do Crio e Grupo Amar) foram formadas por pacientes, familiares, profissionais de saúde e as vitoriosas - como são chamadas as que conseguem vencer a doença. Em comum, a vontade de dar mais suporte às pacientes e cobrar governos por melhorias no atendimento na saúde pública.


Filiadas à Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), as entidades uniram esforços há seis anos para viabilizar o Outubro Rosa no Ceará. O contato evoluiu para a ideia de criar uma rede unificada. Após série de capacitações para o fortalecimento das instituições, as quatro se uniram neste ano na Rede Cearense de Combate ao Câncer de Mama (Rede Mama). E acolhem associações que queiram se juntar à causa, tanto em Fortaleza como no Interior.


De acordo com Cláudia Belém, presidente da Associação dos Amigos do Crio (Assocrio), uma das primeiras atividades em rede será investigar o perfil das mulheres com câncer de mama no Ceará. “Hoje percebemos que há muitas jovens com a doença. Traçar o perfil das mulheres atendidas pela rede é poder dizer quantas delas estão abaixo dos 40 anos para buscarmos o apoio para elas. Precisamos de dados para cobrar as políticas”, declara. Ela explica que mulheres com idade inferior a 40 não podem realizar mamografias pela rede pública.


Casas de apoio

Trabalhando em rede, as entidades planejam ações e lutas conjuntas enquanto dão continuidade às atividades específicas. A Assocrio, por exemplo, segue dando apoio aos pacientes do Centro Integrado de Oncologia (Crio), no Álvaro Weyne, com grupos de apoio, bazar e farmácia solidária. Um dos eixos de atuação é manter a Nossa Casa, ponto de apoio gratuito para quem chega do Interior para radioterapia de qualquer câncer. Atualmente, são 47 pacientes, entre homens e mulheres, recebendo refeições e acompanhamento multiprofissional.

 

Cuidado que volta a fazer diferença na vida de Ana Neta, 46. É a segunda vez que ela deixa Quiterianópolis (a 414 km de Fortaleza) para tratamento no Crio. Há oito anos, o câncer de mama apareceu. As duas filhas eram crianças e ficavam com a avó. O marido havia partido ao saber do diagnóstico. “Foi muito sofrimento. Aqui as pessoas me atenderam com carinho. Mexeu comigo, a vida desses tratamentos é tão cansativa. Voltei pra casa e não esqueci o apoio que tive”, relembra. O pai de Ana foi vítima do câncer de mama há quatro anos.


Há um mês, ela voltou a Fortaleza para tratar novos tumores. Desta vez, conta estar mais tranquila por deixar as filhas adolescentes se cuidando sozinhas.

 

Serviço

Caminhada Rosa

Quando: hoje, a partir das 7 horas

Onde: concentração em frente ao Boteco Praia; largada às 8 horas, com percurso até a Praça dos Estressados

Kits com camisa, bolsa e boné estarão à venda no local (R$ 15)

Informações: www.redemamaceara.com.br/ (85) 3521 1537

Curso de automaquiagem

Quando: dia 29/10, às 9 horas

Onde: auditório do ICC (rua Papi Júnior, 1222, Rodolfo Teófilo)


Encontro Rosa

Quando: amanhã

Onde: no Espaço O POVO de Cultura & Arte (avenida Aguanambi, 282)


Associação dos Amigos do Crio

Para fazer doações: 3521 1538

 

Saiba mais


Rede em luta

São quatro instituições de Fortaleza na Rede Mama: Associação Toque de Vida, Rosa Viva, Associação dos Amigos do Crio e Grupo Amar. 

 

Seguindo orientações da Femama, elas devem lutar para a votação do Projeto de Lei nº 5.772/13, na Câmara Federal, que estabelece prazo de 30 dias para a realização do diagnóstico de pacientes com suspeita de câncer de mama.


Voluntários

O treinamento para o ingresso de novos voluntários é feito quatro vezes por ano no Hospital Haroldo Juaçaba. Pode ajudar quem for alfabetizado e comunicativo, com idade acima de 18 anos.

 

O próximo treinamento deve ocorrer em janeiro de 2015.

Apoio

Também no Hospital Haroldo Juaçaba, os pacientes do Interior podem ficar na Casa Vida, com capacidade para 85 pessoas. Em 25/11, uma nova casa deve atender, inicialmente, mais 150 pessoas. Na Casa Vida, os acompanhantes também podem ficar hospedados.

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