As pedaladas nas ciclofaixas do binário nas avenidas Dom Luís e Santos Dumont estão conquistando adeptos nos fins de semana - pessoas que utilizam o espaço para a prática do esporte e como opção de lazer. Na manhã de ontem, O POVO encontrou exemplos de praticantes, que seguem sozinhos, em duplas ou mesmo em grupos.
“Essa apropriação da cidade é o que Fortaleza está precisando”, defende a empresária Suzana Costa, 52, moradora do Meireles que, há três anos, usa a bicicleta como alternativa de deslocamento ao carro. “É fundamental que o poder público desenvolva ações, mas o cidadão também tem que avançar e ir se apropriando”, afirma.
O promotor de vendas Alessandro Santos, 39, costuma dedicar o domingo para pedalar e assegura que há um movimento crescente de ciclistas utilizando o binário para atividade física e de lazer. “Vão se formando grupos de pessoas que moram perto, junta até 10 (pessoas) e vão todos”, conta, na companhia da noiva, a fonoaudióloga, Cláudia Sousa, 37. “Meu objetivo agora é andar de bike para ajudar a emagrecer, mas, por mim, iria para todos lugares de bicicleta”, afirma Cláudia.
É pelo ciclismo que, nas noites de segunda a quarta-feira, o amigo e vizinho do casal, o corretor de seguros João Borges, 34, sai por Fortaleza. Ele opina que o binário do Aldeota favoreceu a situação de quem faz o percurso nas duas rodas nesses trechos, mas relembra que já presenciou todo tipo de desrespeito. “Vi motoqueiro passando no espaço, carro estacionado em cima, ônibus avançando na gente”, cita.
João avalia que não houve planejamento para o crescimento da Capital e, por isso, não há estrutura favorável para o trânsito, mas sugere o que ainda pode ser feito para melhorar a convivência entre os diferentes na rua: “é necessário um trabalho de conscientização, fiscalização, pois falta educação. Tem que investir mais no esporte, no lazer, e isso fará com que se gaste menos com a saúde”.
Família
Foi atendendo a um chamado dos filhos que o representante comercial Edmilson Júnior, 54, começou a ganhar as ruas nesse meio de transporte. Atualmente, pedalam juntos com frequência. “Aqui o pessoal pratica mais cedo, desde 7 horas. No fim de semana, é fácil achar famílias também”.No futuro, o analista de sistemas Fábio Marques, 38, também planeja levar os filhos, hoje ainda pequenos, para o passeio. “Na medida em que eu for conhecendo mais a estrutura, devo ganhar confiança. Com segurança, respeito e educação, a gente segue”. (Viviane Sobral)
Serviço
Para denunciar irregularidades no trânsito
AMC: 3486 7400
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